A proposta de aumento salarial de 6% para este ano não convence os trabalhadores da Beralt Tin and Wolfram (Portugal). Eles afirmam que "esse valor não permite uma melhoria das condições de vida daqueles que, com o seu esforço empenhado, diariamente, põem o melhor das suas capacidades ao serviço da empresa, muitas vezes pondo inclusivamente em risco a sua saúde e a sua própria vida", revela o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) em comunicado.
Além dos aumentos ficarem aquém do exigido, os trabalhadores das minas da Panasqueira queixam-se da falta de respostas positivas a outras reivindicações, como a da atualização dos subsídios de alimentação e turno, a redução do horário de trabalho para as 25 horas semanais e a disponibilização de seguro de saúde.
Ao mesmo tempo que rejeita melhorar as condições salariais, a empresa prepara-se para alargar a exploração mineira a uma nova área aumentando a produção e estendendo a vida útil da mina, e prevê “uma margem EBITDA superior a 30%, refletindo a viabilidade financeira e a rentabilidade do projeto”.
Para o STIM, a conclusão a tirar destes planos da empresa do grupo canadiano Almonty é que "dinheiro é coisa que não falta e a satisfação das reivindicações dos trabalhadores é justa e necessária".