Trabalhadores da mina da Panasqueira avançam para a greve

13 de março 2024 - 19:54

Paralisação de três horas no início de cada turno começa na quinta-feira e termina a 28 de março. Trabalhadores da Beralt Tin reclamam melhores salários e dizem que "dinheiro é coisa que não falta" à empresa.

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Barroca Grande - Mina da Panasqueira.
Barroca Grande - Mina da Panasqueira. Foto publicada pela Fiequimetal

A proposta de aumento salarial de 6% para este ano não convence os trabalhadores da Beralt Tin and Wolfram (Portugal). Eles afirmam que "esse valor não permite uma melhoria das condições de vida daqueles que, com o seu esforço empenhado, diariamente, põem o melhor das suas capacidades ao serviço da empresa, muitas vezes pondo inclusivamente em risco a sua saúde e a sua própria vida", revela o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) em comunicado.

Além dos aumentos ficarem aquém do exigido, os trabalhadores das minas da Panasqueira queixam-se da falta de respostas positivas a outras reivindicações, como a da atualização dos subsídios de alimentação e turno, a redução do horário de trabalho para as 25 horas semanais e a disponibilização de seguro de saúde.

Ao mesmo tempo que rejeita melhorar as condições salariais, a empresa prepara-se para alargar a exploração mineira a uma nova área aumentando a produção e estendendo a vida útil da mina, e prevê “uma margem EBITDA superior a 30%, refletindo a viabilidade financeira e a rentabilidade do projeto”.

Para o STIM, a conclusão a tirar destes planos da empresa do grupo canadiano Almonty é que "dinheiro é coisa que não falta e a satisfação das reivindicações dos trabalhadores é justa e necessária".