Éric Toussaint falou sobre a auditoria à divida pública promovida no Equador e defendeu a realização de uma auditoria cidadã em Portugal que envolva vários sectores da sociedade civil, como os sindicatos, movimentos de cidadãos e partidos.
O fundador do Comité para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo sustentou que está a ser imposta a Portugal uma dívida ilegítima e que o nosso país está a ser alvo de uma chantagem por parte dos mercados financeiros, sendo que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia (CE) querem obrigar Portugal a aceitar medidas que constituem uma violação dos direitos económicos e sociais dos portugueses.
O historiador e politólogo entende que é necessário desafiar o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, instituições que considera “não serem democráticas”.
Toussaint alerta para o facto de, daqui a seis meses, Portugal se ver obrigado a voltar a negociar com a troika e a ser pressionado no sentido de implementar um novo pacote de austeridade e defende que os portugueses têm, desde já, que recusar essa chantagem e que pressionar o seu governo.