A concentração das organizações fascistas dos supremacistas brancos, saudosistas nazis, membros da Ku Klux Klan, ativistas da alt-right e demais grupos da extrema-direita norte-americana foi marcada após a remoção de uma estátua do general sulista da Guerra da Secessão dos EUA, Robert E. Lee, na cidade universitária de Charlottesville, no estado da Virgínia, Estados Unidos.
O estado de emergência foi decretado após confrontos provocados pelos manifestantes neonazis a caminho do Lee Park, para onde estava marcado o encontro dos supremascistas brancos. Muitos manifestantes dos grupos de extrema-direita foram para a manifestação armados e empunhando bandeiras e cartazes contra as políticas de imigração do país, exigindo a possibilidade de terem o controlo dos estados sulistas.
More protesters are walking to the park. Counter protesters let them through, chanting #BlackLivesMatter and "Shame!" #Charlottesville pic.twitter.com/zmVSxh9ydF
— ACLU of Virginia (@ACLUVA) August 12, 2017
David Duke, ex-líder do Ku Klux Klan e um dos organizadores do encontro dos supremacistas, esteve também em Charlottesville e declarou que se está a “cumprir as promessas de Trump”.
A violência e os cânticos de ódio eram dirigidos aos muitos grupo de contra-manifestantes, que se organizaram para impedir o acesso ao encontro dos manifestantes supremacistas no Lee Park, na baixa da cidade de Charloteville.
Na sexta-feira, já tinha acontecido um encontro noturno de cerca de mil manifestantes empunhando tochas e bandeiras nacionalistas no campus da Universidade da Virgínia. Cantaram cânticos fascistas, como “sangue e solo" e "um povo, uma nação, acabem com a imigração".
Segundo a estação de televisão americana CNN, dos confrontos de sexta-feira e deste sábado de manhã resultaram dois feridos e várias detenções.