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Senado dos EUA responsabiliza agências de rating pela crise de 2008
O Senado dos EUA concluiu que as agências de ratingsabiam desde 2006 dos problemas existentes no mercado imobiliário subprimedos Estados Unidos, mas continuaram a atribuir a classificação máxima “AAA” a produtos financeiros, que tinham por base créditos com poucas possibilidades de serem pagos.
Em Julho de 2007, as agências de rating começaram a baixar repentinamente a classificação que atribuíam a esses produtos. O Senado conclui que essa “repentina descida sucessiva de rating” foi “o gatilho que espoletou a crise financeira”.
O Senado norte-americano pede reformas urgentes do sector, porém especialistas consideram que essas reformas podem não acontecer ou não alterar a situação, pois existe de fundo um conflito de interesses no sector, já que as agências que atribuem o rating são pagas pelas próprias empresas e bancos, cujos produtos elas classificam.
A petição promovida pelos quatro economistas e docentes universitários portugueses, que já recolheu mais de 8.000 assinaturas, sublinha precisamente que “não pode permitir-se” que as agência de rating actuem nos mercados financeiros por forma a influenciar para situações em que “elas próprias ou os seus clientes tenham interesse e retirem benefícios”.
A petição destaca também que as três agências de rating (Moody’s, Standard & Poor’s e Fitch) “contam com 90% de participação no mercado das classificações creditícias” e, por isso, denuncia o risco de abuso de posição dominante.
Recorde-se que a petição solicita a abertura de um inquérito para descobrir e recolher provas, sugerindo para apurar:
“a) a prática dos actos abusivos que são imputados às Denunciadas;
b) a existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo Português;
c) a identificação dos quadros directivos das ditas agências e os autores dos actos objecto desta denúncia, além das pessoas já indicadas;
d) se os benefícios obtidos pelas agências denunciadas e seus clientes foram de notória importância;
e) quais os contratos celebrados a partir de 1 de Janeiro de 2010 com as entidades participantes no mercado da dívida pública portuguesa;
f) todas as comunicações internas respeitantes às classificações referentes a Portugal, a partir de 1 de Janeiro de 2010”.
Comentários
Pois bem. Somos todos
Pois bem. Somos todos trouxas, parvos, néscios e imbecis.
Seria interessante que o documentário Inside Job fosse editado numa versão resumida, assim mais pessoas deixariam a preguiça de lado e a informação circularia melhor.
Urge que a nova servidão humana imposta pela canalha bancária seja denunciada aos berros e em linguagem popular (isto não é uma crítica ao documentário).
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