João Semedo e Ana Drago visitaram nesta quinta-feira o Metro de Lisboa e falaram sobre os transportes em Lisboa.
À agência Lusa, João Semedo criticou a cobertura mediática da campanha eleitoral autárquica, afirmando que reduziu-se “o debate, a pluralidade, o confronto de pontos de vista e a apresentação de propostas e de programas diferentes”.
“Provavelmente, isto contribuirá para que os lisboetas não acorram às urnas como seria desejável numa democracia. Desejo que [a abstenção] seja inferior, mas todos seremos obrigados a pensar que parte da abstenção tem a ver com a forma como as televisões e alguns jornais esconderam a campanha eleitoral”, salientou o coordenador do Bloco de Esquerda.
Segundo a Lusa, João Semedo defendeu que o “parlamento tem de encontrar uma solução” e afirmou que “seguramente o Bloco de Esquerda dará o seu contributo”.
Sobre os transportes de Lisboa, Semedo disse que se trata do “terceiro problema mais grave” da capital, além da habitação e da resposta social.
O candidato do Bloco João Semedo salienta que “atualmente, quem manda nos transportes de Lisboa é o Governo e a Câmara tem um papel secundaríssimo” e propõe a criação de uma empresa mista, constituída pelo município e pelo Estado, que integre a Carris e o Metro.
O Bloco defende ainda a redução do preço do tarifário dos autocarros e do metro, o regresso dos passes para estudantes, jovens e terceira idade. Em relação à Carris, o Bloco defende a reposição “de certos percursos” que a empresa suspendeu e a retoma da rede da madrugada. Em relação ao Metro, o Bloco quer a modernização da rede e a expansão das linhas até à Alta de Lisboa e Alcântara.