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Seca no Corno de África coloca 22 milhões de pessoas em risco de fome, diz ONU
A seca sem precedentes matou milhões de animais, destruiu plantações e forçou 1,1 milhão de pessoas a deixar as suas casas à procura de comida e água.
“O mundo precisa agir agora para proteger as comunidades mais vulneráveis da ameaça de fome generalizada no Corno de África”, afirmou o diretor-executivo do PMA, David Beasley, na sexta-feira, citado pelo The Guardian.
“Ainda não há fim à vista para esta crise da seca, então devemos obter os recursos necessários para salvar vidas e impedir que as pessoas mergulhem em níveis catastróficos de fome e inanição”, acrescentou.
No início de 2022, o PMA alertou que 13 milhões de pessoas nos três países enfrentavam fome e apelou a financiamento urgente. Mas os fundos demoraram a chegar, nomeadamente face à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Em meados do ano, o número de pessoas em extrema necessidade subiu para 20 milhões e os alertas de fome tornaram-se ainda mais urgentes. O PMA refere que até setembro pelo menos 22 milhões de pessoas podem passar fome.
“Esse número continuará a subir, e a gravidade da fome aprofundar-se-á se a próxima estação chuvosa... falhar e as pessoas mais vulneráveis não receberem ajuda humanitária”, destaca o PMA em comunicado.
“As necessidades continuarão altas em 2023 e a fome é agora um sério risco, particularmente na Somália”, onde quase metade da população de 15 milhões está gravemente faminta.
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