“São precisas novas regras para os preços da energia”

26 de março 2022 - 21:12

Catarina Martins propõe medidas como a redução do IVA da eletricidade e sublinha, que apesar do acordo sobre um teto máximo no gás, os preços vão ainda assim ficar em valores “que considerávamos exorbitantes no final do ano e que subiram ainda mais” e que se mantém a “borla milionária à EDP”.

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Catarina Martins no encontro "Sobreviver no envelhecimento", em Lisboa, 26 de março de 2022. Foto de MÁRIO CRUZ/LUSA.
Catarina Martins no encontro "Sobreviver no envelhecimento", em Lisboa, 26 de março de 2022. Foto de MÁRIO CRUZ/LUSA.

Em declarações este sábado depois do encontro "Sobreviver no envelhecimento", Catarina Martins comentou o acordo sobre o mercado ibérico da energia considerando que, apesar ser positivo, com ele o “teto máximo do gás” irá “à partida” “ficar nos preços máximos que eram já os preços que considerávamos exorbitantes no final do ano e que subiram ainda mais”. O Bloco pensa assim que o governo devia ir mais longe na questão dos preços do setor energético, nomeadamente reduzindo o IVA da eletricidade

O Bloco defende que “não basta um teto máximo no preço do gás, são precisas novas regras na forma como são formados os preços da energia”. Se as regras não mudarem vai-se “continuar a dar uma borla milionária à EDP”, o preço da energia produzida pelas barragens “vai continuar a ser remunerado ao preço do gás, que é extraordinariamente alto”. Ora pagar este preço “não tem nenhum sentido” porque “a energia hídrica não tem esse custo”. E “ainda por cima estamos a pagar às barragens como se pagassem licenças de emissão de carbono. Coisa que não pagam”.

A coordenadora do Bloco também se pronunciou sobre o aumento dos combustíveis dizendo que o executivo do PS não está “a fazer tudo o que pode fazer”. Seria preciso acabar com o adicional do Imposto Sobre produtos Petrolíferos (ISP) e colocar IVA da eletricidade na“taxa mínima”. Esta medida é considera uma prioridades do partido no início da nova legislatura.

De acordo com Catarina Martins “não é necessário” ficar “à espera do que decide a União Europeia sobre o IVA da energia”. “Outros países já agiram e Portugal tem de agir”.

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