Ricardo Salgado, o ainda presidente executivo do Banco Espírito Santo (BES) e principal responsável da profunda crise que atravessa o respetivo grupo financeiro, esteve 23 anos à frente do banco.
O jornal “Correio da Manhã”, na edição desta terça-feira, refere que as pensões dos administradores do BES, definidas pelo banco, correspondem à “soma do valor da remuneração fixa anual auferida no último ano de exercício de funções, com a média das remunerações variáveis auferidas durante todo o tempo em que o referido administrador desempenhou funções de administração executiva no BES”. A última assembleia geral do banco, em março de 2013, estipulou ainda que a parte da componente fixa da pensão de um administrador reformado não poderá ser superior à parte fixa do salário mais elevado de um administrador executivo em funções.
Segundo o jornal, Ricardo Salgado recebeu um salário fixo de 550 mil euros no último ano e irá receber uma pensão superior a 900 mil euros mensais. Ou seja, irá receber mais de 350 mil euros, referentes à média dos prémios que auferiu durante todos os mandatos.
O jornal refere ainda que Ricardo Salgado não recebeu nenhum prémio em 2012 e 2013, mas em 2010 e 2011 teve prémios acumulados de quase um milhão de euros. Entre 2005 e 2009, os administradores executivos do BES receberam prémios avultados. Em 2005 terão recebido 4,6 milhões de euros, em conjunto, e em 2007 8,8 milhões de euros.