Reivindicações salariais e de condições de trabalho dos polícias “são mais do que justas”

12 de janeiro 2024 - 16:08

Mariana Mortágua assegurou o compromisso do partido “com reivindicações salariais e com a justiça relativa entre as várias polícias relativamente ao subsidio de risco”, referindo que o partido já tinha apresentado uma proposta no último Orçamento sobre a matéria, chumbada pelo PS, e voltará a fazê-lo.

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Foto de Paulete Matos.

À margem de uma visita ao Centro de Saúde de Sete Rios na manhã de quinta-feira, Mariana Mortágua lembrou que esteve na véspera com os polícias que se manifestam junto ao Parlamento para lhes dizer "o óbvio”: que as reivindicações que os trazem ali "são mais do que justas e se há um subsídio de risco que foi aumentado para a Polícia Judiciária, que depende do Ministério da Justiça, é mais do que justo que esse subsídio possa também ser atribuído às polícias que dependem do Ministério da Administração Interna”, defendeu coordenadora bloquista.

Mariana Mortágua assegurou o compromisso do partido “com reivindicações salariais e com a justiça relativa entre as várias polícias relativamente ao subsidio de risco”, referindo que o partido já tinha apresentado uma proposta no último Orçamento do Estado sobre a matéria, e que voltará a fazê-lo.

“Mais do que isso, reconhecemos, como para toda a administração pública, que na PSP em particular, mas nas forças policiais em geral, são pagos salários muito baixos. São profissões que exigem grandes deslocações geográficas, tal como nos professores, tal como nos médicos, e em que depois o salário é muito baixo e não consegue pagar uma renda, uma deslocação, uma vida”, apontou.

De acordo com a líder do Bloco, quando se exige que os profissionais “cumpram a sua função de acordo com a importância” que tem, é igualmente necessário “dar condições de trabalho a todas as pessoas que fazem o Estado”.

O PS chumbou as propostas do Bloco sobre subsídio de risco

No mesmo sentido se pronunciou também Pedro Filipe Soares que também considerou “completamente justa” a reivindicação dos sindicatos de polícias. O líder parlamentar bloquista vinca que a decisão de valorizar o subsídio de risco da Polícia Judiciária foi “correta” mas “não pode resultar numa iniquidade às restantes dos serviços de segurança”. Isto é, não pode deixar para trás o subsídio de risco, quer dos profissionais da PSP, quer dos profissionais da GNR.

Para o dirigente bloquista urge que haja esclarecimentos sobre o que se passou porque “não é compreensível como é que as vidas têm valores diferenciados em função das forças serem uma ou outra”.

Lembrou ainda que o Bloco tinha apresentado propostas de valorização dos subsídios de risco no Orçamento de Estado para 2024 que “foram chumbadas pelo Partido Socialista” e que depois, “de uma forma algo até imprevista, da parte do Ministério da Justiça, a senhora Ministra da Justiça valorizou, e bem, o subsídio de risco da Polícia Judiciária. Mas aparentemente, o senhor Ministro da Administração Interna, ou por ter menos poder dentro do governo, ou por ter menos vontade de fazer esse caminho, não valorizou como deveria os subsídios de risco, quer a Polícia da PSP, quer da GNR”.

Pedro Filipe Soares garante que, apesar de agora não ser “momento para ação legislativa” com a Assembleia em vésperas de dissolução, o Bloco irá propor esta valorização no futuro.

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