No seu discurso inaugural, Raúl Castro criticou a ala dura do partido e apresentou um programa de reformas económicas, afirmando que este Congresso, o primeiro desde 1997, serviria para “retirar ao partido as funções que não lhe competem”, numa clara referência à resistência a várias das suas propostas.
Nas duas horas e meia que durou o seu discurso, Castro avançou que seria inevitável a diminuição de subsídios e o despedimento de 500 mil trabalhadores. Com efeito, os despedimentos anunciados e o fim da libreta (a caderneta que permite comprar bens essenciais a preços subvencionados), constituem as medidas que mais inquietam os cubanos.
A forma como o Governo planeia compensar estas medidas passa pelo reforço do sector privado, a liberalização de vários sectores, a introdução de uma pequena reforma agrária e a melhoria do sector público.