Comunistas Cubanos discutem despedimentos e limitação de mandatos

18 de abril 2011 - 12:04

Na abertura do VI Congresso do Partido Comunista Cubano (PCC), o presidente Raúl Castro avançou que seria necessário despedir 500 mil funcionários e propôs a limitação a dois mandatos de cinco anos para os dirigentes políticos, com o objectivo de “rejuvenescer a cadeia de comando” do partido.

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Regime cubano discute despedimentos e limitação de mandatos políticos. Foto de Martha de Jong-Lantink, FlickR

No seu discurso inaugural, Raúl Castro criticou a ala dura do partido e apresentou um programa de reformas económicas, afirmando que este Congresso, o primeiro desde 1997, serviria para “retirar ao partido as funções que não lhe competem”, numa clara referência à resistência a várias das suas propostas.

Nas duas horas e meia que durou o seu discurso, Castro avançou que seria inevitável a diminuição de subsídios e o despedimento de 500 mil trabalhadores. Com efeito, os despedimentos anunciados e o fim da libreta (a caderneta que permite comprar bens essenciais a preços subvencionados), constituem as medidas que mais inquietam os cubanos.

A forma como o Governo planeia compensar estas medidas passa pelo reforço do sector privado, a liberalização de vários sectores, a introdução de uma pequena reforma agrária e a melhoria do sector público.

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