PSD e CDS querem deputados longe da Maternidade

18 de abril 2012 - 12:56

Depois dos profissionais da Maternidade Alfredo da Costa terem sido proibidos de falar à imprensa, a maioria de direita chumbou o requerimento do Bloco para que os deputados da Comissão Parlamentar de Saúde fizessem uma visita à Maternidade Alfredo da Costa e pudessem reunir com a sua direção sobre o encerramento que o Governo quer impor.

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PSD e CDS impediram a Comissão de Saúde de ouvir a versão dos profissionais da MAC, que contestam o encerramento da maternidade. Foto Paulete Matos

Na pasada quinta-feira, a responsável de comunicação da maternidade terá informado os mesmos de que a Administração Regional de Saúde de Lisboa (ARS) os proibiu de receber o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e de prestar declarações aos órgãos de comunicação social sob pena de lhes ser instaurado um processo disciplinar.

"A Comissão Parlamentar de Saúde não pode nem deve alhear-se desta situação", defendia o requerimento do Bloco, apresentado logo após se ter verificado que as afirmações do ministro da Saúde sobre o trabalho na Maternidade Alfredo da Costa, com que tentou justificar o seu encerramento, não tinham qualquer correspondência com a realidade.



"Esta visita possibilitará um melhor e mais empírico conhecimento da MAC, das equipas que aí trabalham bem como da sua diferenciação", propôs o deputado João Semedo no requerimento dirigido à Presidente da Comissão. Mas os deputados que apoiam o Governo decidiram impedir a visita da Comissão, apesar dos protestos contra o encerramento da melhor maternidade do país terem reunido milhares de pessoas na última semana.



PSD e CDS votaram contra a visita dos deputados à MAC e também chumbaram o pedido do PS para chamar à comissão a presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Teresa Sustelo, e a diretora do serviço de obstetrícia da MAC, Ana Campos, com o objetivo de explicar a informação contraditória que o Governo pôs a circular sobre a atividade da maternidade.