Na pasada quinta-feira, a responsável de comunicação da maternidade terá informado os mesmos de que a Administração Regional de Saúde de Lisboa (ARS) os proibiu de receber o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e de prestar declarações aos órgãos de comunicação social sob pena de lhes ser instaurado um processo disciplinar.
"A Comissão Parlamentar de Saúde não pode nem deve alhear-se desta situação", defendia o requerimento do Bloco, apresentado logo após se ter verificado que as afirmações do ministro da Saúde sobre o trabalho na Maternidade Alfredo da Costa, com que tentou justificar o seu encerramento, não tinham qualquer correspondência com a realidade.
"Esta visita possibilitará um melhor e mais empírico conhecimento da MAC, das equipas que aí trabalham bem como da sua diferenciação", propôs o deputado João Semedo no requerimento dirigido à Presidente da Comissão. Mas os deputados que apoiam o Governo decidiram impedir a visita da Comissão, apesar dos protestos contra o encerramento da melhor maternidade do país terem reunido milhares de pessoas na última semana.
PSD e CDS votaram contra a visita dos deputados à MAC e também chumbaram o pedido do PS para chamar à comissão a presidente do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Teresa Sustelo, e a diretora do serviço de obstetrícia da MAC, Ana Campos, com o objetivo de explicar a informação contraditória que o Governo pôs a circular sobre a atividade da maternidade.