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PS chumba audição de ministro sobre trabalhadores dos bares da CP

Todos os partidos votaram a favor, à exceção do PS. A maioria absoluta inviabilizou assim a audição do ministro das Infraestruturas, João Galamba, da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e do Conselho de Administração da CP sobre a situação dos 130 trabalhadores dos bares dos comboios da CP que têm os seus empregos ameaçados.
A deputada Isabel Pires esclarece que a decisão do PS foi tomada “sem qualquer justificação durante o debate do requerimento” e que “após a votação a justificação foi de que o ministro já cá viria em audição regimental”. Segundo ela, “tornou-se hábito utilizar este expediente para chumbar requerimentos que são da maior importância para a vida de trabalhadores”.
A dirigente bloquista garante que o partido não vai desistir e que vai dar entrada “hoje mesmo” um novo requerimento “para audição do conselho de administração da CP e sindicato, porque não desistimos de obter esclarecimentos sobre esta situação”. Até porque “acima de tudo, soluções são urgentes”, conclui.
Ao apresentar o requerimento agora rejeitado para esta audição, o Grupo Parlamentar do Bloco tinha-o justificado com a “situação de grande incerteza” dos trabalhadores, uma vez que a empresa concessionária tinha informado os trabalhadores de que os salários de fevereiro não seriam pagos e de que iria apresentar um Plano Especial de Revitalização.
O partido considerava então que “a condução deste processo, por parte da CP e do Governo, tem negligenciado consecutivamente a situação laboral destes trabalhadores, quando tinha a obrigação inversa de garantir que todos os postos de trabalho são assegurados e os direitos destes trabalhadores garantidos”.
Trabalhadores "não conseguem pôr comida na mesa"
Catarina Martins também reagiu a esta decisão nas suas redes sociais, sublinhando que estes trabalhadores "trabalham pelo salário mínimo", têm "muitos anos de trabalho, línguas estrangeiras ou especialização" e agora "literalmente não conseguem pôr comida na mesa".
O Governo e a CP "não resolvem" o caso e o PS "chumba audições no parlamento", concluindo: "naúsea".
130 trabalhadores da restauração da CP estão sem receber salário. Trabalham pelo salário mínimo, por muitos anos de trabalho, línguas estrangeiras ou especialização. Literalmente não conseguem por comida na mesa. Governo e CP não resolvem, PS chumba audições no parlamento #nausea
— Catarina Martins (@catarina_mart) March 15, 2023
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