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PS chumba audição de ministro sobre trabalhadores dos bares da CP

O Bloco vai insistir em ouvir a administração da CP e o sindicato. Isabel Pires diz que “acima de tudo, soluções são urgentes” porque há 130 pessoas com o emprego em risco.
Foto da concentração de 9 de fevereiro em frente à sede da CP. Publicada pelo Sindicato da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul na sua página Facebook.
Foto da concentração de 9 de fevereiro em frente à sede da CP. Publicada pelo Sindicato da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul na sua página Facebook.

Todos os partidos votaram a favor, à exceção do PS. A maioria absoluta inviabilizou assim a audição do ministro das Infraestruturas, João Galamba, da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal e do Conselho de Administração da CP sobre a situação dos 130 trabalhadores dos bares dos comboios da CP que têm os seus empregos ameaçados.

A deputada Isabel Pires esclarece que a decisão do PS foi tomada “sem qualquer justificação durante o debate do requerimento” e que “após a votação a justificação foi de que o ministro já cá viria em audição regimental”. Segundo ela, “tornou-se hábito utilizar este expediente para chumbar requerimentos que são da maior importância para a vida de trabalhadores”.

A dirigente bloquista garante que o partido não vai desistir e que vai dar entrada “hoje mesmo” um novo requerimento “para audição do conselho de administração da CP e sindicato, porque não desistimos de obter esclarecimentos sobre esta situação”. Até porque “acima de tudo, soluções são urgentes”, conclui.

Ao apresentar o requerimento agora rejeitado para esta audição, o Grupo Parlamentar do Bloco tinha-o justificado com a “situação de grande incerteza” dos trabalhadores, uma vez que a empresa concessionária tinha informado os trabalhadores de que os salários de fevereiro não seriam pagos e de que iria apresentar um Plano Especial de Revitalização.

O partido considerava então que “a condução deste processo, por parte da CP e do Governo, tem negligenciado consecutivamente a situação laboral destes trabalhadores, quando tinha a obrigação inversa de garantir que todos os postos de trabalho são assegurados e os direitos destes trabalhadores garantidos”.

Trabalhadores "não conseguem pôr comida na mesa"

Catarina Martins também reagiu a esta decisão nas suas redes sociais, sublinhando que estes trabalhadores "trabalham pelo salário mínimo", têm "muitos anos de trabalho, línguas estrangeiras ou especialização" e agora "literalmente não conseguem pôr comida na mesa".

O Governo e a CP "não resolvem" o caso e o PS "chumba audições no parlamento", concluindo: "naúsea".

 

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