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Professores desafiam Passos Coelho a emigrar

Professores Contratados e Desempregados vão hoje desafiar Pedro Passos Coelho a emigrar. A iniciativa foi convocada para as 17h, em frente à residência oficial do primeiro-ministro, junto à Assembleia da República. Professores lançaram, entretanto, declaração de repúdio que pode ser subscrita na internet.
Foto retirada do facebbok do Grupo de Protesto dos Professores Contratados e Desempregados.

Em reação à declarações proferidas pelo primeiro ministro numa entrevista publicada no domingo no Correio da Manhã, nas quais sugeriu aos professores desempregados que "querendo manter-se sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”, o Grupo de Protesto dos Professores Contratados e Desempregados (GPPCD) participará numa iniciativa de protesto convocada para esta quarta-feira, pelas 17h, em frente à residência oficial do Primeiro Ministro na Calçada da Estrela, junto à Assembleia da República.

 Em declarações à Lusa, Miguel Reis, membro do GPPCD, explicou que este "é um protesto de resposta àquilo que são declarações inaceitáveis e vergonhosas por parte do primeiro-ministro, porque num país que tem a taxa de analfabetismo que tem, que tem os problemas de insucesso escolar que tem, que decidiu prolongar a escolaridade obrigatória até ao 12º ano, estar a mandar professores embora é de uma enorme irresponsabilidade".

 Segundo Miguel Reis, o Grupo de Protesto dos Professores Contratados e Desempregados aderiu de imediato ao protesto convocado através da rede social 'facebook' pelo grupo "Indignados nas Escolas" e espera que muitos professores se venham a juntar a esta iniciativa.

Professores lançam declaração de repúdio

Foi, entretanto, lançada uma declaração de repúdio pelas declarações de Pedro Passos Coelho que pode ser subscritas na internet por professores, alunos, encarregados de educação "e não só". 

 “Este tipo de declarações tem precedentes neste governo”

 O deputado do Bloco José Gusmão, logo após ter conhecimento das declarações de Pedro Passos Coelho, realçou que "infelizmente, este tipo de declarações tem precedentes neste Ggoverno: já tinha sido dirigido um apelo semelhante aos jovens" em outubro, pela voz do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Alexandre Miguel Mestre.

 O Bloco considera estas declarações como sendo "da maior gravidade", para mais tratando-se do líder de um governo "que aumentou o número de alunos por turma, contribuindo para agravar o aumento do desemprego para quem trabalha na área da educação".

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