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“Povo português cumpriu obrigação de controlar a pandemia, o Governo não”

No final da reunião com o Presidente da República, Catarina Martins criticou o executivo pelo atraso na concretização dos apoios sociais, pela ausência de um plano de desconfinamento ou até do prometido aumento das testagens. “Este era o momento em que precisávamos de estar a pôr no terreno todos os meios para que se pudesse começar a reabertura”, sublinhou.
Catarina Martins - Foto de José Sena Goulão/Lusa (arquivo)
Catarina Martins - Foto de José Sena Goulão/Lusa (arquivo)

Após a reunião online desta quarta-feira com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o estado de emergência, a coordenadora do Bloco de Esquerda disse à comunicação social que “a situação merece ainda toda a preocupação e todas as cautelas” e que, “tendo em conta a evolução do número de infetados e a evolução favorável, a descida do número de pessoas infetadas parece consistente”.

“O que sabemos hoje é que o povo português cumpriu na sua obrigação de controlar a pandemia. Infelizmente, o Governo não cumpriu”, afirmou Catarina Martins, salientando que o executivo não cumpriu “porque os apoios sociais e os apoios à economia tardam a chegar” e “porque não temos ainda um plano de desconfinamento”.

É importante que assim que possível as escolas comecem a reabrir

Considerando que “não está nas mãos do Governo dizer em que dia é que pode desconfinar as atividades”, a coordenadora do Bloco de Esquerda criticou o facto de o aumento da testagem não ter sido ainda posto no terreno e de as escolas não terem mais condições. “Este era o momento em que precisávamos de estar a pôr no terreno todos os meios para que se pudesse começar a reabertura”, sublinhou.

“O Bloco de Esquerda repete aquilo que vem dizendo: é muito importante que, assim que possível, as escolas possam reabrir, nomeadamente começando pelas crianças mais jovens, creches, pré-escolar e primeiro ciclo”, apontou Catarina Martins.

A coordenadora bloquista indicou então que para caminhar nesse sentido, é necessário que haja condições: “Condições de mais pessoal docente e não docente nas escolas, condições para desdobrar turmas, para manter distância. Condições também de generalização dos rastreios, dos testes nas escolas”, afirmou, sublinhando a preocupação com a escassez de vacinas.

“Para podermos reabrir a nossa economia é preciso acelerar o processo de vacinação”, frisou Catarina Martins, destacando que o pessoal docente e não docente nas escolas, nomeadamente quem acompanha as crianças com necessidades educativas e as crianças ainda muito jovens, que não usam máscara, “estão muito expostos, na linha da frente, fora de qualquer prioridade”.

“Para a normalidade, é tão importante que o nosso país consiga aumentar a vacinação e consiga chegar a todas estas pessoas que estão na linha da frente e que são fundamentais para o funcionamento do país”, concluiu a coordendora do Bloco de Esquerda.

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