A mobilização cidadã contra a retirada de mais de duas dezenas de jacarandás do eixo central da Avenida 5 de Outubro já reuniu mais de 37 mil assinaturas numa petição iniciada no Dia da Árvore.
Esta terça-feira, a vereadora bloquista questionou Carlos Moedas, desafiando o autarca a rever projeto de forma a que não sejam abatidas ou transplantadas árvores daquele local. Embora a Câmara tenha afirmado que após a conclusão da obra o número de árvores na área será duplicado, “contrastando com o plano original que previa o corte de todas as árvores
existentes”, Beatriz Gomes Dias afirma que há dúvidas que persistem em torno da necessidade de retirar dali as árvores.
Em primeiro lugar, refere a vereadora, não se entendem os critérios para umas árvores serem abatidas e outras transplantadas, não se conhecendo qualquer estudo fitossanitário das árvores em questão. Também não existe um estudo de impacte ambiental acerca das consequências deste abate.
O que se sabe, como mostra a mobilização em defesa dos jacarandás, é que a população não foi ouvida e desconhece-se se houve projetos alternativos para a construção do parque de estacionamento que poupassem os jacarandás. E por fim, não se sabem quais as compensações ambientais resultante deste abate, para além da promessa de duplicar as árvores do local, nem que espécies de árvores serão estas, o que pode pôr em causa “a coerência paisagística da avenida, considerando a importância histórica e estética dos jacarandás”.
Na terça-feira, autarcas do Bloco colocaram uma faixa com a inscrição "Salvem os jacarandás!" na zona da Avenida que será alvo das obras que pretendem abater estas árvores.
💜Não desistimos dos Jacarandás
💚Não desistimos de ter Lisboa verde
💛Não desistimos de nada
❤️Estamos juntos pic.twitter.com/EW6th7BNv1— Ricardo Moreira (@ricardosmoreira) March 25, 2025
