"O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, responsabilizou pessoalmente o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, “pelas atrocidades, pelas vítimas e por todos os efeitos e consequências da guerra na Ucrânia” — que, repetiu, é o desafio de segurança mais sério que os aliados enfrentam desde o fim da II Guerra Mundial “e é absolutamente inaceitável”. “Foi Putin que escolheu fazer esta guerra; é ele que é responsável por todos os crimes de guerra”, declarou Stoltenberg, numa conferência de imprensa no quartel-general da Aliança, em Bruxelas, em que manifestou o seu horror com as “imagens terríveis de civis assassinados em Bucha e noutras áreas controladas pelo Exército russo na Ucrânia”. Chamando a atenção para a escala e a “brutalidade insuportável” da ofensiva russa e lembrando que “atingir civis é um crime de guerra”, o secretário-geral da NATO garantiu que a Aliança está a apoiar os esforços do Tribunal Penal Internacional e todos as outras instâncias nacionais e multilaterais que estão a investigar as acções da Rússia. “Todos os factos devem ser apurados e todos os responsáveis devem enfrentar a Justiça”, armou Stoltenberg. Quarenta dias depois da invasão da Ucrânia, o mundo inteiro pode ver “a natureza da guerra de Putin e a sua total falta de respeito pelo Estado de direito, pela legislação internacional e pelos direitos humanos mais fundamentais”, acrescentou. “Infelizmente, penso que ainda vamos ver mais imagens atrozes nos próximos dias”, lamentou o secretário-geral da NATO" (Declarações tratadas em notícia do jornal Público, 6/4/2022)
Até lá e procurando a maior consistência nesta declaração, espera-se a todo o momento que os Estados Unidos ultrapassem as suas reticências e reconheçam a função do Tribunal Penal Internacional.
Publicado no blogue Ladrões de Bicicletas.