Lisboa

Orçamento para 2025 mostra que Carlos Moedas está “esgotado”

14 de novembro 2024 - 11:45

Bloco Lisboa critica prioridades do orçamento e incapacidade de resolver os problemas da cidade.

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Carlos Moedas na Websummit
Carlos Moedas. Foto de Web Summit/Flickr

O orçamento da Câmara Municipal de Lisboa para 2025 foi alvo de críticas por parte da estrutura concelhia do Bloco de Esquerda, que acusou um esgotamento de Carlos Moedas no final do mandato “sem nenhuma nova ideia para resolver os problemas” da cidade.

“Lisboa enfrenta múltiplas crises, na habitação, na mobilidade, na higiene urbana e na falta de apoio social”, lê-se na nota de imprensa enviada aos órgãos de comunicação social. O Bloco Lisboa explica que durante o mandato de Carlos Moedas, as rendas subiram 40% e os preços das casas 20% e que, mesmo assim, o Executivo da coligação Novos Tempos não apresentar soluções nem novas medidas.

Nos últimos anos, Lisboa subiu 25 lugares no índice de congestionamento de trânsito, aumentando 32% o tempo perdido no trânsito. Mas a estrutura concelhia do Bloco de Esquerda considera que o atual Executivo desistiu “de aumentar a gratuitidade dos transportes públicos a outras pessoas como as desempregadas ou pessoas com deficiência”. Outro problema sentido na cidade está relacionado com a higiene urbana, onde o atual orçamento despeja dinheiro mas “é incapaz de resolver a situação caótica”.

O Bloco Lisboa também critica o apoio aos grandes eventos, que “continua a ultrapassar o investimento nas pessoas em situação de sem abrigo”. Também nessa área, Moedas ignora as “quase 600 pessoas sem abrigo a dormir na rua” com um plano “cujo grosso do investimento só acontece depois do fim do mandato”.

Sobre a devolução de 77 milhões de euros de IRS, a nota de imprensa avisa que 10% mais ricos de Lisboa ficam com mais de 50% da medida, marca de “um executivo que governa para a elite da cidade”.

Entre as prioridades do Bloco de Esquerda para o município de Lisboa estão a habitação pública a preços acessíveis e por residências de estudantes, mais apoio social às pessoas em situação de sem abrigo e à comunidade migrante, as refeições escolares gratuitas do Jardim de Infância ao 12º ano e a gratuitidade dos transportes públicos para pessoas desempregadas e pessoas com deficiência.