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OMS, FMI e Banco Mundial pedem perdão de dívida a países em desenvolvimento

As três organizações internacionais defendem que os governos dos países em desenvolvimento não têm meios para proteger as populações e responder à crise económica provocada pela pandemia.
Tedros Ghebreyesus, presidente da OMS. Foto: UN Geneva/Flickr
Tedros Ghebreyesus, presidente da OMS. Foto: UN Geneva/Flickr

Da Organização Mundial de Saúde (OMS), do FMI e do Banco Mundial chega um apelo para o perdão de dívida dos países mais vulneráveis, de forma a libertar recursos que os possam ajudar no combate à pandemia do covid-19 e à recessão económica. Em conferência de imprensa, o presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, lembrou que “muitos países, sobretudo os países em desenvolvimento, não conseguem efetivamente apoiar as suas populações durante a quarentena”.

“É por isso que pedimos à comunidade internacional para perdoar a dívida e ajudar esses países”, explicou Ghebreyesus, adiantando que o FMI e o Banco Mundial também apoiam este pedido. A situação tem-se deteriorado em alguns países em desenvolvimento, como é o caso da Índia, onde as medidas de distanciamento social estão a causar problemas devido ao número elevado de trabalhadores precários ou à falta de condições para o isolamento nas zonas pobres, onde nem sempre há acesso a água potável e alojamento digno.

Ghebreyesus também salienta que estes países enfrentam dificuldades acrescidas no combate à pandemia por não terem a capacidade de implementar programas de apoio à economia como os que têm sido apresentados na Europa ou nos EUA, devido à falta de condições financeiras. A emergência social que o mundo atravessa devido à pandemia justifica o perdão da dívida neste contexto. Na América Latina, um grupo de ativistas, jornalistas, escritores e políticos do continente já divulgara um abaixo-assinado no mesmo sentido.

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