A Amnistia Internacional divulgou o relatório anual de 2020, onde afirma que a pandemia pôs a nu a “desigualdade sistémica em todo o mundo”. Em relação a Portugal, a ONG aponta lacunas nos direitos à saúde e à habitação e destaca a morte de Ihor Homeniuk.
Não existe uma via única de saída da crise ditada por leis económicas intangíveis: tudo dependerá das relações de força. Devemos dar conteúdo concreto a duas ideias: a redução do tempo de trabalho e uma garantia do emprego e dos rendimentos sociais. Por Michel Husson.
Portugal é dos países da zona euro que menos gasta no combate à crise, superado até pelos que têm uma dívida pública superior. Mesmo face à recessão histórica que o país atravessa, a palavra de ordem no Ministério das Finanças continua a ser contenção. Mas o barato pode sair muito caro. Artigo de Vicente Ferreira.
Estudo divulgado pelo BCE mostra que Portugal é dos países com menor esforço orçamental para combater a crise, sendo inclusivamente superado por países com níveis de dívida pública superiores.
A estimativa do INE confirmou a maior queda da economia portuguesa na sua história democrática. Recuo do consumo interno pode ser explicado não só pelas medidas de confinamento, como pela insuficiência dos apoios sociais.
Depois da devastação da pandemia, o aumento da taxa de lucro dependerá de novas agressões à biosfera e baixa de salários. Os economistas Manuel Garí e Fernando Luengo defendem que precisamos de uma visão radicalmente diferente.
Os défices devem ser utilizados para financiar estímulos orçamentais que cumpram o triplo objetivo de responder aos problemas sociais de curto prazo, sustentar o emprego e promover as mudanças estruturais. Postado por Vicente Ferreira em Ladrões de Bicicletas
A economista-chefe da OCDE, Laurence Boone, veio reconhecer que é preciso rever os critérios normalmente utilizados para avaliar se as finanças públicas de um país são saudáveis. Postado por Vicente Ferreira em Ladrões de Bicicletas
Em debate nos EUA sobre a política económica de Joe Biden, perguntou-se: o que fazer em relação à política orçamental, num contexto de baixas taxas de juro e elevado rácio da dívida em relação ao PIB? A resposta terá causado surpresa. Por Vicente Ferreira em Ladrões de Bicicletas
Em breve irá explodir uma crise do sobre-endividamento dos Estados, ampliada pela pandemia. Cresce, até entre os conservadores, o debate sobre o perdão das dívidas, a fim de evitar um colapso económico. Por Michael Roberts.
“As crises sanitária, climática e ecológica estão intimamente relacionadas e se explicam em boa medida por um sistema capitalista que gira em torno do crescimento económico constante, em um planeta com recursos finitos”, artigo de Antón Fernández Piñero, biólogo.
O SURE é apresentado como um programa social que permite aos trabalhadores manterem os seus empregos apesar da crise da covid-19. Mas são novamente os governos nacionais que têm de acudir quando as perspetivas de lucro do setor privado são ameaçadas. Artigo de Herman Michiel e Klaus Dräger.
A crise atual não é comparável com a dos anos trinta porque um choque exógeno ao processo de acumulação de capital e às suas contradições causou o Grande Confinamento, que se aplicou a todo o mundo com efeitos imediatos e simultâneos. Por François Chesnais.
A pandemia trouxe um aparente consenso sobre o problema do subfinanciamento dos serviços públicos essenciais na resposta à crise, consequência da estratégia de austeridade. Mas a palavra é para manter? Postado por Vicente Ferreira em Ladrões de Bicicletas
O relatório elaborado pelo Departamento de Assuntos Orçamentais, liderado por Vítor Gaspar, contraria as orientações do FMI na resposta à última crise, quando servia a receita da austeridade aos países em dificuldades.
Alain Bihr e Michel Husson denunciam o método desenvolvido por Thomas Piketty: uma recusa a refletir sobre o modo de produção capitalista. Por Romaric Godin
Partindo de uma fé cega nas "leis do mercado", o plano de recuperação económica anunciado por Macron e agora comandado por François Bayrou não mediu nem a dimensão nem as especificidades da crise que a França está a atravessar. Por Michel Husson.
O que há então de novo ou diferente no Covid19? Será só o perigo, que já não é pouco, de passarmos do estado de necessidade para o estado de exceção permanente? Mais do que isso. O novo é a sociedade do medo. Essa é a linguagem dos nossos dias, que discuto neste ensaio. Por Francisco Louçã.
Em entrevista ao Cuarto Poder, o histórico diretor do Le Monde Diplomatique fala sobre o que muda e se mantém com a pandemia, sobre o impacto económico da crise e a sua geopolítica e sobre vigilância digital.
O IG Metall propôs este sábado o início de negociações para a redução do trabalho semanal de forma a que a crise económica não implique um aumento do desemprego.
Fala-se muito de uma "nova guerra fria" entre a China e os Estados Unidos: uma guerra fria entre o autoritarismo e a democracia liberal. Mas a rivalidade crescente a que estamos a assistir não assenta em diferenças ideológicas, mas na concorrência intercapitalista. Por Ho-fung Hung
Intelectuais do Brasil e da Europa lançam mensagem ao Fórum Social Mundial, “para que constitua um elemento mais de incentivo e reflexão” e questionam se “é apenas um espaço aberto ou poderia (deveria) ser, também, um espaço de ação?”
Habituados à política enquanto guerra, estes líderes viram-se incapazes de enfrentar a covid-19, um adversário que não respondia à política da divisão e ressentimento. Por Alfredo Saad-Filho.
Vanguard, BlackRock e State Street Global Advisor, são os três maiores fundos mútuos do mundo. Em conjunto, são os maiores acionistas em 88% das 500 empresas melhor situadas no índice S&P, da bolsa de Nova York. Por Glauco Benigni.
Quando o governo holandês pede reformas no sistema espanhol de pensões está a fazer um discurso dirigido aos seus eleitores. Reclama que reformemos o nosso sistema de pensões para ocultar que é o sistema holandês que está em profunda crise. Por Juan Torres López.