Cerca de duas centenas de agricultores e viticultores, que ostentavam uma faixa onde se podia ler “Contra o programa de desastre e de fome na agricultura”, estiveram entre os primeiros a chegar a São Bento.
À medida que as três marchas organizadas pela CGTP iam convergindo em frente à Assembleia da República, o espaço encheu-se de milhares de pessoas, que gritavam palavras de ordem como "O programa de agressão só aumenta a exploração", "É só cortar e roubar quem vive a trabalhar", "Este orçamento é um roubo, quem paga é o povo".
Os estivadores, que agendaram uma concentração em frente à Assembleia da República na próxima quinta feira, também marcaram a sua presença neste protesto para "para dizer não a este orçamento" e à "política que este governo vai implementar", conforme adiantou Vítor Dias, presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul.
Após a manifestação, alguns manifestantes invadiram pacificamente a agência do BCP junto ao Largo de São Bento, tendo abandonado as instalões desta agência bancária após a intervenção da PSP.
Processo de aprovação do Orçamento do Estado para 2013 "não se encerra hoje"
"Este é um processo que não está encerrado hoje, [com a votação final do OE2013]. É um processo que a partir de hoje vai seguir para Belém e nós consideramos importante que o senhor Presidente da República tenha em consideração aquilo que disse e que aja agora em conformidade", afirmou esta manhã o líder da CGTP, Arménio Carlos.
"A CGTP já apresentou oito propostas de inconstitucionalidade em relação ao OE e agora esperamos que o Presidente da República corresponda à solicitação de reunião que lhe fizemos há mais de três semanas, para nos ouvir e depois refletir sobre as nossas ideias, as nossas propostas e decidir em conformidade", adiantou ainda.
A CGTP anunciou novas iniciativas de luta contra a política de austeridade, a realizarem-se no dia 8 de dezembro, no Porto, e no dia 15 de dezembro em Belém, em Lisboa.
Sindicalistas madeirenses protestam junto à residência oficial do Representante da República
Cerca de duas dezenas de 20 sindicalistas concentraram-se esta terça feira junto à residência oficial do Representante da República para a Madeira em protesto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2013.
“Não queríamos deixar passar este momento que é trágico para o país e para a região”, afirmou o coordenador da União dos Sindicatos da Madeira (USAM) em declarações à agência Lusa.
“Se este Orçamento passar, vai trazer mais precariedade, mais dificuldades aos trabalhadores”, declarou, sublinhando que o governo do PSD/CDS-PP, “pretende mais austeridade e mais miséria”, cujas consequências são “mais recessão” e “mais dificuldades”.