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O “anti-imperialismo” dos imbecis: fazer desaparecer o povo sírio através da desinformação

Quem se opôs ao regime de Assad, pagando um preço muito pesado, não o fez por causa de uma conspiração imperialista ocidental, mas porque décadas de sevícias, de brutalidade e de corrupção eram e continuam a ser intoleráveis, escrevem em carta aberta dezenas de militantes sírios.
Protesto pela Síria em Bruxelas. Foto de Gwenael Piaser/Flickr.
Protesto pela Síria em Bruxelas. Foto de Gwenael Piaser/Flickr.

A seguinte carta aberta foi redigida por um grupo de autores e intelectuais sírios em colaboração com outras pessoas solidárias. Está assinada por militantes, escritores, artistas e universitários da Síria e de 32 outros países da África, Ásia, Europa, Médio Oriente, América do Norte, América do Sul e Oceânia.


Há meios de comunicação social e jornalistas pouco recomendáveis, que se reivindicam frequentemente de um “jornalismo independente” e com opinião pretensamente “de esquerda”, a difundir propaganda perniciosa e desinformação que visa privar as sírias e os sírios de qualquer papel político.

Desde o início do levantamento sírio, há dez anos, e sobretudo desde que a Rússia passou a intervir na Síria em apoio a Bachar el-Assad, que se assiste a uma evolução tão curiosa quanto sinistra: o surgimento de fidelidades pró-Assad em nome do “anti-imperialismo” em algumas pessoas que se caracterizam geralmente como progressistas ou “de esquerda” e a propagação consequente de desinformações manipuladoras que regularmente desviam a atenção das bem documentadas sevícias de Assad e dos seus aliados.

Apresentando-se como “opositores” ao imperialismo, prestam regularmente uma atenção particularmente seletiva às questões da “intervenção” e das violações dos direitos humanos. Esta atenção “seletiva” alinha-se frequentemente com as posições dos governo russo e chinês. Quem não partilhe o seu ponto de vista perentório é muitas vezes (e falsamente) qualificado de “exaltado da mudança de regime” ou de idiota útil dos interesses políticos ocidentais.

Através da sua visão simplista, este grupo desempenha inegavelmente um papel de divisão e de sectarização. Todos os movimentos a favor da democracia e da dignidade que vão contra os interesses do Estado russo ou chinês são regulamente retratados como produto da ingerência ocidental: nenhum destes movimentos é considerado como autóctone, nenhum é resultado de décadas de luta nacional independente contra uma ditadura brutal (como a da Síria); nenhum representa realmente as aspirações das pessoas que reclamam o direito de viver dignamente sem opressão e sevícias. De facto, o que une estas correntes ditas anti-imperialistas é a recusa de defrontar os crimes do regime de Assad ou mesmo de reconhecer que houve um levantamento popular contra Assad e foi brutalmente reprimido.

Tais tomadas de posição de autores e de meios de comunicação social multiplicaram-se nos últimos anos, colocando muitas vezes a questão da Síria no primeiro plano das suas críticas do imperialismo e do intervencionismo que eles limitam de forma característica ao Ocidente; o envolvimento russo e iraniano é geralmente ignorado. Ao fazê-lo, procuram reclamar-se de uma longa e respeitável tradição de oposição interna aos abusos do poder imperialista no estrangeiro, emanando não apenas, mas as mais das vezes, da esquerda.

Mas não pertencem legitimamente a esta tradição. Nenhum dos que se alinham de forma explícita ou implícita com o maligno governo de Assad faz parte dela. Nem aqueles que fazem de forma seletiva e oportunista acusações de “imperialismo” segundo uma versão particular da política de “esquerda” – mais que opor-se a este por princípio de maneira coerente no mundo inteiro, reconhecendo o intervencionismo imperialista da Rússia, do Irão e da China.

Muitas vezes, sob o pretexto de praticar um “jornalismo independente”, estes autores e meios de comunicação diversos funcionaram como fontes principais de desinformação e de propaganda sobre o desastre sistémico atual que se desenrola na Síria. A sua visão é a de uma Realpolitik reacionária ao jeito da “power politics” a partir de cima e anti-democrática de Henry Kissinger ou de Samuel Huntington, mas simplesmente com pólos invertidos.

Esta retórica louca de simplificação excessiva (“invertendo o cenário” como disse um dia um deles) pode agradar a quem queira identificar os “bons” e os “maus” em qualquer local do mundo e oferecer um instrumento para encorajar a opinião sobre a natureza dos “verdadeiros poderes em ação”, o que serve para reforçar um status quo disfuncional e para entravar o desenvolvimento de uma verdadeira abordagem progressista e internacional da política mundial, da qual precisamos desesperadamente tendo em conta, entre outras coisas, os desafios planetários que representa a resposta ao aquecimento climático.

Por todo o mundo, do Vietname à Indonésia, passando pelo Irão, ao Congo, à América do Sul e Central, as provas que a potência norte-americana foi terrivelmente destrutiva são esmagadoras, em particular durante a guerra fria e no seu seguimento. O balanço das violações massivas dos direitos humanos que se acumularam em nome da luta contra o comunismo é claro. E no período pós-guerra fria, o da pretensa “guerra contra o terrorismo”, as intervenções dos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque nada fizeram para sugerir uma mudança fundamental de práticas.

Mas os Estados Unidos não estão na origem do que se passou na Síria, apesar das afirmações destas pessoas. Esta ideia, apesar de todas as provas em contrário, é o sub-produto de uma cultura política provinciana que insiste ao mesmo tempo na centralidade da potência dos Estados Unidos no mundo e no direito de identificar que seriam os “bons” e os “maus” num dado contexto político.

O alinhamento ideológico dos admiradores de direita de Assad com um “esquerdismo” pró-autoritário é sintomático e indica que o problema, muito real e grave, está noutro lado: que fazer quando um povo é tão maltratado pelo seu governo quanto o foi o povo sírio, retido prisioneiro de quem só pensava em torturá-lo, em fazer desaparecer e assassinar pessoas à menor suspeita de oposição política ao seu poder?

No momento em que muitos países se aproximam cada vez mais do autoritarismo e se afastam cada vez mais da democracia, é uma questão política urgente à qual não há ainda resposta; e porque não há resposta, um pouco por todo o mundo, há uma impunidade crescente dos dominantes e uma vulnerabilidade crescente dos dominados.

Sobre isso, estes “anti-imperialistas” nada dizem de útil. Sobre a violência política de que são vítimas os sírios sob Assad, os iranianos e os russos? Nem uma palavra. Permitam-nos sublinhar que este apagamento das vidas e das experiências dos sírios parece-nos encarnar a própria essência do privilégio imperialista (e racista).

Àquelas e àqueles de nós que arriscámos as nossas vidas, que fomos presos nas prisões dos Assad e submetidos a tortura (alguns de nós durante vários anos), que perdemos entes queridos, amigos, cujos familiares desapareceram, que tivemos de fugir do nosso país, estes escritores e bloggers não reconhecem a nossa existência, o que infelizmente não achamos nada espantoso, ainda que sejamos muitos a ter falado e escrito longamente sobre estes acontecimento e o seu significado desde há anos.

Coletivamente, as experiências dos sírios e sírias, da revolução até aos nossos dias, colocam um problema fundamental ao mundo tal como é compreendido por estas pessoas. Aquelas e aqueles de nós que se opuseram diretamente ao regime de Assad, muitas vezes pagando um preço muito pesado, não o fizeram por causa de uma conspiração imperialista ocidental, mas porque décadas de sevícias, de brutalidade e de corrupção eram e continuam a ser intoleráveis. Fingir o contrário e apoiar Assad é tentar privar os sírios de qualquer poder político e aprovar a política assassina de longa data de Assad que privou os sírios de qualquer poder significativo sobre o seu governo e sobre a sua situação.

Consideramos estas tentativas de “fazer desaparecer” os sírios do mundo da política, da solidariedade e da parceria coerentes com o carácter dos regimes que estas pessoas admiram tão manifestamente. É o “anti-imperialismo” e o “esquerdismo” dos sem princípios, dos preguiçosos e dos imbecis. Isto apenas reforça a disfuncionalidade do impasse internacional exposto pelo Conselho de Segurança da ONU. Esperamos que quem leia este texto se nos junte para se opor a isto.


Sírios e sírias

Ahmad Aisha, jornalista e tradutor (Turquia)
Ali Akil, Fundador e porta-voz, Solidariedade Síria na Nova Zelândia (Aotearoa/Nova Zelândia)
Amina Masri, Ativista/Educadora (EUA)
Asmae Dachan, jornalista síria-italiana (Itália)
Ayaat Yassin-Kassab, estudante, Universidade de Oxford (Reino Unido)
Aziz Al-Azmeh, professor emérito da Universidade Europeia Central (Áustria)
Bakr Sidki, tradutor e colunista (Turquia)
Banah el Ghadbanah, Universidade da Califórnia, San Diego (EUA)
Bisher Ghazal-Aswad, médico (Reino Unido)
Dellair Youssef, escritor e realizador, Berlim (Alemanha)
Dr. Mohammed Zaher Sahloul, Presidente, MedGlobal, e fundador da American Relief Coalition for Syria (EUA)
Faraj Bayrakdar, poeta (Suécia)
Farouk Mardam-Bey, editor e escritor, Paris (França)
Fouad M. Fouad, Professor, Universidade Americana de Beirute (Líbano)
Fouad Roueiha, Ativista (Itália)
Ghayath Almadhoun, poeta (Alemanha)
Haian Dukhan, investigador, Centro de Estudos Sírios, Universidade de St. Andrews (Reino Unido)
Haid Haid, investigador, Chatham House (Reino Unido)
Hala Alabdalla, realizadora (França)
Hassan Nifi, escritor (Turquia)
Irène Labeyrie Chaya, arquiteta e ex-professora na Faculdade de Arquitetura, Universidade de Qalamun, Deir Atiya, Síria
Joseph Daher, académico sírio/suíço, Universidade de Lausanne/Instituo da Universidade Europeia (Suíça)
Karam Shaar, Analista Sénior, Tesouraria da Nova Zelândia (Nova Zelândia)
Lara el Kateb, Aliança dos Socialista do Médio Oriente e do Norte de África
Leila Al-Shami, escritora/ativista (Escócia)
Lubayed Aljundi, doutorando, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Mahmoud el Wahb, escritor (Turquia)
Marcus Halaby, escritor sírio-britânico, Partido Trabalhista (Reino Unido)
Mayson Almisri, Defesa Civil Síria – Capacetes Brancos, co-vencedora do Prémio Gandhi Paz 2021 (Canadá)
Miream Salameh, artista síria (Austrália)
Mohamed Al Rashi, Ator (França)
Mohamed T. Khairullah, mayor, Prospect Park, Nova Jersey (EUA)
Mohammad Al Attar, escritor, argumentista, Berlim (Alemanha)
Nidal Betare, jornalista (EUA)
Nisrine Al Zahre, académica e escritora (França)
Noor Ghazal Aswad, doutoranda, Universidade de Memphis (EUA)
Odai Al Zoubi, escritor (Suécia)
Omar Qaddour, escritor e jornalista (França)
Orwa Khalifa, escritor (Turquia)
Osama Alomar, escritor (EUA)
Rahaf Aldoughli, leitora de Estudos do Médio Oriente e Norte de África, Universidade Lancaster (Reino Unido)
Ramzi Choukair, ator e realizador, Companhia de Teatro Kawalisse (França)
Robin Yassin-Kassab, escritor (Escócia)
Sadek Abd Alrahman, escritor (Turquia)
Salam Abbara, médica e ativista, Paris (França)
Salam Said, académica (Alemanha)
Saleem Albeik, escritor, jornalista, sírio-palestiniano (França)
Samar Yazbek, escritora (França)
Sami Haddad, Ativista (Itália)
Touhama Ma’roof, dentista (Turquia)
Victorios Bayan Shams, jornalista (Brasil)
Wael Khouli, médico, executivo na B E Smith, Michigan (EUA)
Yasmine Merei, escritora e jornalista, dirigente da Women for Common Space, Berlim (Alemanha)
Yasser Khanger, poeta dos ocupados Montes Golã
Yasser Munif, Emerson College (EUA)
Yassin al-Haj Saleh, escritor, ex-preso político (Alemanha)
Yazan Badran, doutorando da Vrije Universiteit e membro do SyriaUntold (Bélgica)


De outros países

Abdul-Wahab Kayyali, investigador, Universidade de Princeton (Canadá)
Adam Sabra, professor de História, Universidade da Califórnia, Santa Barbara (EUA)
Adam Shatz, escritor, Brooklyn (EUA)
Aditya Sarkar, Universidade de Warwick (Reino Unido)
Ahmad Matar, chef (Alemanha)
Aidan Geboers, profissional das Finanças (Reino Unido)
Alan Wald, professor emérito da Universidade do Michigan (EUA)
Aldo Cordeiro Sauda, Editora Contrabando, São Paulo (Brasil)
Alessandra Mezzadri, leitora no SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Alex De Jong, co-diretor, International Institute for Research and Education (Holanda)
Alex Johnson, Solidariedade Síria Austrália (Austrália)
Ali Bakeer, investigador, Centro Ibn Khaldun (Turquia)
Ali Fathollah-Nejad, Universidade Livre de Berlim (Alemanha)
Ali Samadi Ahadi, realizador (Alemanha)
Amahl Bishara, Universidade Tufts (EUA)
Amina A., Syria Solidarity New York City (EUA)
Anahita Razmi, artista visual (Alemanha)
Andrea Love, educadora (EUA)
Andrew Berman, Comité de Solidariedade para com o Povo da Síria (EUA)
Anis Mansouri, professora de educação especial e coordenadora dos Tunisinos Internacionalista (Suíça)
Anja Matar, agente de viagens (Alemanha)
Ann Eveleth, ativista contra a guerra, Washington DC (EUA)
Anna Alboth, Marcha Civil por Aleppo (Alemanha/Polónia)
Ansar Jasim, investigadora em política, Berlim (Alemanha)
Anthony Ratcliff, California State University, Los Angeles (EUA)
Anya Briy, doutoranda, Binghamton University (EUA)
Arash Azizi, doutorando, Universidade de Nova Iorque (EUA)
Arianna Parisato (Itália)
Ariel Dorfman, escritor e ex-conselheiro do governo de Salvador Allende (Chile/EUA)
Art Young, ativista (Canadá)
Ashley Smith, membro do DSA e do Tempest Collective (EUA)
Athena Moss, jornalista (Grécia)
Au Loong-Yu, ativista dos direitos dos trabalhadores (Hong Kong)
Austin G Mackell (Austrália)
Barbara Blaudzun, estudante, Universidade Humboldt (Alemanha)
Barbara Epstein, professora emérita, Universidade da Califórnia, Santa Cruz (EUA)
Bashir Abu-Manneh, leitor, Universidade de Kent (Reino Unido)
Becky Carroll, co-fundadora da Stand With Aleppo Campaign (EUA)
Ben Manski, professor, George Mason University (EUA)
Bernard Dreano, ativista (França)
Bilal Ansari, diretor do programa Islamic Chaplaincy, Seminário Hartford Seminary (EUA)
Bill Fletcher, Jr., ex-presidente do TransAfrica Forum (EUA)
Bill Weinberg, jornalista e escritor (EUA)
Bushra A., Syria Solidarity New York City (EUA)
Camila Pastor, investigadora, Centre de Investigação e Ensino em Economia (México)
Caroline Gilbert, conselheira reforma do Centro HELP, Universidade do Minnesota (EUA)
Caterina Coppola, ativista (Itália)
Catherine Estrade, cantora (França)
Catherine Samary, economista, Conselho Científico do ATTAC (França)
Cedric Beidatsch, cozinheiro reformado (Austrália)
Charles-André Udry, economista, editor, alencontre.org (Suíça)
Cheryl Zuur, ex-presidente, AFSCME Local 444 (EUA)
Chris Keulemans, escritor e jornalista (Holanda)
Christian Dandrès, deputado (Suíça)
Christian Shaughnessy, Democratic Socialists of America (EUA)
Christian Varin, Funcionário Público, Comissão Internacional do Nouveau Parti Anticapitaliste (França)
Christin Lüttich, perito na Síria, Iniciativa de Solidariedade Germano-Síria “Adote uma Revolução” (Alemanha)
Christoph Reuter, jornalista e autor, Berlim (Alemanh)
Claude Marill, professor reformado e sindicalista, Syndicat National des personnels de l’éducation et du social (França)
Colette Morrow, professora na Purdue University Northwest (EUA)
Colleen Keyes, professora, Hartford Seminary (EUA)
Craig Larkin, leitor, King’s College Londres (Reino Unido)
Dan Buckley, International Marxist-Humanist Organization (EUA)
Dan La Botz, New Politics Journal (EUA)
Daniel Fischer, Food Not Bombs (EUA)
Danny Postel, Escritor, Internationalism from Below (EUA)
Dario Lopreno, geógrafo (Suíça)
David Bedggood, Syria Solidarity Discussion and Strategy Group (Aotearoa/Nova Zelândia)
David Brophy, leitor, Universidade de Sydney (Austrália)
David McNally, professor, Universidade de Houston (EUA)
David N. Smith, professor, Universidade do Kansas (EUA)
David Turpin, ativista contra a guerra (EUA)
David Wearing, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
David Westman, Communist Voice Organization, (EUA)
Dilip Simeon, professo (Índia)
Dina Matar, leitora, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Donya Alinejad, leitora e investigadora, Universidades de Amsterdão e Utrecht (Holanda)
Dora Manna, Ativista (Itália)
Dr. Amr al-Azam, professor de História do Médio Oriente e Antropologia, Shawnee State University (EUA)
Ed Sutton, ativista (EUA)
Edin Hajdarpasic, professor, Loyola University Chicago (EUA)
Elena De Piccoli, Ativista (Itália)
Eleni Varikas, professora emérita, Université de Paris 8 (França)
Elsa Wiehe, Universidade de Boston (EUA)
Emma Wilde Botta, New Politics Journal (EUA)
Emran Feroz, jornalista (Alemanha)
Enrico De Angelis, investigador, Berlim (Alemanha)
Eric Toussaint, Conselho Internacionalo do Fórum Social Mundial (Bélgica)
Fabio Bosco, CSP-Conlutas (Brasil)
Fatemeh Masjedi, investigadora, Centre Marc Bloch, Berlin (Germany)
Firoze Manji, editor, Daraja Press (Canadá)
Francesca Giura, ativista (Itália)
Francesca Scalinci, escritora e tradutora (Itália)
Francis Sitel, ENSEMBLE! (França)
Franco Casagrande (Itália)
Frankie Hill, auto-empregado (Nova Zelândia)
Frieda Afary, produtor do Iranian Progressives in Translation (EUA)
Gabriel Huland, investigador, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Gennaro Gervasio, professor de História e Política do Médio Oriente, Universidade Roma Tre (Itália)
George Monbiot, autor, jornalista e ambientalista (Reino Unido)
Gilbert Achcar, professor, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Gilberto Conde, professor, El Colegio de México (México)
Giovanna De Luca, ativista e tradutor (Itália)
Golineh Atai, jornalista (Alemanha)
Graciela Monteagudo, Universidade de Massachusetts Amherst (EUA)
Günther Orth, tradutor (Alemanha)
Habib Nassar, advogado, ativista (Holanda)
Hadrien Buclin, académica e deputada no parlamento de Vaud (Suíça)
Haideh Moghissi, professora emérita, Universidade de York (Canadá)
Harald Etzbach, jornalista (Alemanha)
Harout Akdedian, investigador, Striking from the Margins Project, Universidade Europeia Central (EUA)
Heather A. Brown, professora, Westfield State University (EUA)
Helen Lackner, investigadora, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Hiroki Okazaki, leitor (Japão)
Howie Hawkins, candidato presidencial do Partido Verde em 2020 (EUA)
Ivan Handler, diretor de informática reformado, Illinois Medicaid & the Health Information Exchange (EUA)
Izzat Darwazeh, professor, University College London (Reino Unido)
Jaime Pastor, professor, Universidad Nacional de Educación a Distancia (Espanha)
Jairus Banaji, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
James Dickert, engenheiro informático reformado (Reino Unido)
James Mullally, ativista dos direitos humanos, British Columbia (Canadá)
Jamie Mayerfeld, professor, Universidade de Washington, Seattle (EUA)
Jan Malewski, editor, Inprecor (França)
Jane England, escritor (Aotearoa/Nova Zelândia)
Janet Afary, investigadora, Universidade da Califórnia, Santa Barbara (EUA)
Janet Robin Bogle, avó (Aotearoa/Nova Zelândia)
Janick Schaufelbuehl, professor, Universidade de Lausanne (Suíça)
Jean Batou, historiador, deputado no parlamento de Genebra (Suíça)
Jean-Michel Dolivo, advogado e ex-deputado no Parlamento de Vaud (Suíça)
Jen MacLennan, jornalista independente, ativista pela solidariedade para com a Síria (Reino Unido)
Jens Hanssen, Universidade de Toronto (Canadá)
Jens Lerche, leitor, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Jessy Nassar, doutorando, King’s College London (Líbano)
Joan Connelly, secretária reformada (EUA)
Joel Beinin, professor de História do Médio Oriente, Universidade de Stanford (EUA)
Joey Ayoub, investigador da Universidade de Zurique, fundador do ‘The Fire These Times’, escritor e jornalista (Suíça)
John Dunn, mineiro e sindicalista, National Miners Union, Darbyshire Branch (Reino Unido)
John Feffer, diretor, Foreign Policy In Focus, Institute for Policy Studies (EUA)
John Kahler, médico, Academia Americana de Pediatras (EUA)
John Reimann, sindicalista, editor, Oakland Socialist (EUA)
Joseph Green, Communist Voice Organization (EUA)
Josepha Ivanka (Joshka) Wessels, leitora, Universidade de Malmö (Suécia)
Julia Bar-Tal, agricultora, Berlim (Alemanha)
Julien Salingue, diretor do site l’Anticapitaliste, Nouveau Parti Anticapitaliste (França)
Juliette Harkin, escritora (Reino Unido)
Kaori Hizume, produtor televisivo, Tóquio (Japão)
Kelly Grotke, escritora (EUA)
Ken Hiebert, ativista da solidariedade para com a Palestina (Canadá)
Kevin B. Anderson, professora, Universidade da Califórnia, Santa Barbara (EUA)
Khaled Ghannam, gestor de armazém (Austrália)
Khaled Mansour, escritor (Egito)
Khaled Sagieh, jornalista e escritor, Beirute (Líbano)
Konstantin Rintelmann, doutorando, Universidade de Edimburgo (Reino Unido)
Lauren Langman, professora, Loyola University of Chicago (EUA)
Laurie King, professora, Universidade de Georgetown (EUA)
Lisa Albrecht, professora aposentada, Universidade do Minnesota (EUA)
Lisa Wedeen, professora, Universidade de Chicago (EUA)
Livia Wick, professora, Universidade Americana de Beirute (Líbano)
Lois Weiner, professora emérita, Universidade da Cidade de Nova Jersey (EUA)
Loretta Facchinetti, Ativista (Itália)
Lydia Beattie, Commité em Solidariedade com o Povo da Síria (EUA)
Mahdi Ghodsi, economista, Instituto de Viena para os Estudos Económicos Internacionais (Áustria)
Mahvish Ahmad, professor, London School of Economics (Reino Unido)
Mai Taha, Goldsmiths, Universidade de Londres (Reino Unido)
Maire Kelly, ativista, Berlim (Alemanha)
Marese Hegarty, trabalhadora de desenvolvimento comunitário, Irish Syria Solidarity Movement (Irlanda)
Marina Centonze, ativista (Itália)
Mark Goudkamp, professor, Syria Solidarity Australia (Austrália)
Marta Tawil-Kuri, professora, El Colegio de México (México)
Martti Koskenniemi, professor, Universidade de Helsinquia (Finlândia)
Mary Killian, pianista, professora de música, Berlim (Alemanha)
Mary Lynn Murphy, Comité de Solidariedade para com o Povo da Síria (EUA)
Mary Rizzo, tradutora, ativista (Itália)
Mayssoun Sukarieh, leitora, King’s College London (Reino Unido)
Mazen Halabi, ativista (EUA)
Meghan Keane, co-diretora da Emergent Horizons (EUA)
Michael Albert, ZNet (EUA)
Michael Fuller, cientista social, British Columbia (Canadá)
Michael Hirsch, Democratic Socialists of America (EUA)
Michael Karadjis, Universidade de Sidney Ocidental, Solidariedade Síria Austrália (Austrália)
Michael Löwy, investigador emérito, CNRS (França)
Michael Pröbsting, autor, editor da www.thecommunists.net (Áustria)
Michael Santos, ativista anti-guerra (EUA)
Miguel Urbán, Eurodeputado, GUE/NGL (Espanha)
Mohamad Khouli, Commité em Solidariedade para com o Povo da Síria (EUA)
Mohamed Abdi Nour, Secretário Geral, Sindicato Público Somali (Somália)
Molly Crabapple, artista e escritor (EUA)
Na’eem Jeenah, diretor executivo, Centro Afro-Médio Oriente (África do Sul)
Nader Hashemi, diretor, Centro de Estudos do Médio Oriente, Universidade de Denver (EUA/Canadá)
Nadia Leïla Aïssaoui, sociólogo (Argélia/França)
Nadia Samour, advogada, Berlim (Alemanha)
Nadje Al-Ali, professora de antropologia e de Estudos do Médio Oriente, Universidade de Brown (EUA)
Nancy Holmstrom, professora emérita, Universidade de Rutgers (EUA)
Navtej Purewal, professor, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Nazan Ustündag, investigadora (Alemanha)
Nick Riemer, Universidade de Sydney (Austrália)
Nicola Gandolfi (Espanha)
Nigel Gibson, Emerson College (EUA)
Nils de Dardel, advogado, ex-deputado (Suíça)
Noam Chomsky, Universidade do Arizona (EUA)
Ofer Neiman, estudante, Jerusalém (Israel)
Omar Dewachi, antropólogo, Universide de Rutgers (EUA)
Pam Bromley, autarca em Rossendale Borough (Reino Unido)
Parvathi Menon, investigador, Universidade de Helsínquia (Finlândia)
Patrick Bond, professor, Universidade de Western Cape (África do Sul)
Patrick J. O’Dea, eletricista e sindicalista (Nova Zelândia)
Payam Ghalehdar, Universidade de Göttingen (Alemanha)
Penelope Duggan, editora, International Viewpoint (França)
Pete Klosterman, ativista dos direitos humanos (EUA)
Peter Bohmer, professor emérito, Evergreen State College (EUA)
Peter Hudis, professor, Oakton Community College (EUA)
Peter McLaren, professor, Chapman University (EUA)
Phil Gasper, professor, Notre Dame de Namur University (EUA)
Piero Maestri, ativista, Milão (Itália)
Pierre Conscience, deputado em Lausanne (Suíça)
Polly Kellogg, professor aposentado, St. Cloud State University, Minnesota (EUA)
Rana Issa, Universidade Americana de Beirute (Líbano/Noruega)
Rashad Ali, Institute for Strategic Dialogue (Reino Unido)
Rashmi Varma, Universidade de Warwick (Reino Unido)
Rebekka Rexhausen, assistente de projeto, Alsharq Reise (Alemanha)
Rev. Dr. Rachael Keefe, clérigo, Living Table United Church of Christ (EUA)
Rev. Gregory Seal Livingston, Syria Faith Initiative (EUA)
Riccardo Bella, técnico de teatro, Milão (Itália)
Richard Greeman, Fundação Victor Serge (França)
Rima Majed, professor, Universidade Americana de Beirute (Líbano)
Roane Carey, editor, The Nation (USA)
Roberto Andervill, trabalhador social e ativista (Itália)
Roger Silverman, ex-candidato, Comité Executivo do Partido Trabalhista britânico (Reino Unido)
Rohini Hensman, escritor e investigador (Índia)
Roland Merieux, ENSEMBLE! (França)
Romolo Molo, advogado (Suíça)
Rupert Read, filósofo, Universidade de East Anglia (Reino Unido)
Saajeda Bayat, empresária (África do Sul)
Sadri Khiari, designer (Tunísia)
Salwa Ismail, professora, SOAS, Universidade Londres (Reino Unido)
Sam Friedman, poeta e investigador da SIDA (EUA)
Sam Hamad, escritor e investigador, Universidade de Glasgow (Escócia)
Samantha Falciatori, autora (Itália)
Samuel Farber, professor emérito, Brooklyn College, CUNY (EUA)
Sandra Hetzl, tradutora e curadora (Alemanha)
Sara Abbas, doutoranda, Universidade Livre de Berlim (Alemanha)
Saskia Sassen, professora, Universidade de Columbia, (EUA)
Scott Lucas, editor, EA WorldView e professor emérito University de Birmingham (Reino Unido)
Sébastien Guex, professor, Universidade de Lausanne e ex-autarca em Lausanne (Suíça)
Seda Altug, académica, Istambul (Turquia)
Sevgi Dogan, professora, Scuola Normale Superiore (Itália)
Seyla Benhabib, professora, Universidade de Yale (EUA)
Sherry Wolf, autora, sindicalista, Tempest Collective (EUA)
Shintaro Mori, tradutor (Japão)
Silvia Carenzi, doutoranda, Scuola Normale Superiore (Itália)
Simon Assaf, editor, al-Manshour, Londres/Beirute (Reino Unido/Líbano)
Sina Zekavat, Coligação Global para a Abolição da Prisão (EUA)
Soraya Misleh, jornalista (Brasil)
Stacy Brown, diretora, Refugees Forward (EUA)
Stanley Heller, anfitrião,The Struggle Video News (EUA)
Stefan Zgliczynski, autor e editor (Polónia)
Stéfanie Prezioso, académica, Universidade de Lausanne e parlamentar (Suíça)
Stephen Hastings-King, escritor (EUA)
Stephen R. Shalom, Universidade William Paterson, Nova Jersey (EUA)
Stephen Soldz, Coligação para uma Psicologia Ética (EUA)
Stephen Zunes, professor, Universidade de San Francisco (EUA)
Steven Heydemann, diretora, programa de estudos do Médio Oriente, Smith College (EUA)
Subir Sinha, leitor, SOAS, Universidade de Londres (Reino Unido)
Sue Sparks, Unite (Reino Unido)
Susan Nussbaum, escritora (EUA)
Swati Birla, Universidade de Massachusetts Amherst (EUA)
Tanya Monforte, Universidade McGill (Canadá)
Tassos Anastassiadis, jornalista (Grécia)
Terry Burke, Comité de Solidariedade para com o Povo da Síria (EUA)
The Rev. David W. Good, ministro emérito, The First Congregational Church of Old Lyme (EUA)
Theo Horesh, autor e jornalista (EUA)
Therese Rickman Bull, ativista dos direitos humanos (EUA)
Thomas Harrison, comissão editorial do New Politics (EUA)
Tim Leadbeater, professor (Aotearoa/Nova Zelândia)
Toufic Haddad, académico e autor (Palestina)
Tristan Sloughter, Democratic Socialists of America, (EUA)
Vahid Yücesoy, doutorando, Universidade de Montreal (Canadá)
Vicken Cheterian, leitor, Universidade de Genebra (Suíça)
Vincent Commaret, compositor (França)
Vivian O’Dell, cientista, Centro de Astrofísica das Partículas da Universidade de Wisconsin (EUA)
W. J. T. Mitchell, editor, Critical Inquiry, Chicago (EUA)
Wendy Pearlman, professora, Northwestern University (EUA)
Yasmin Fedda, realizadora e artista (Reino Unido)
Yossi Bartal, escritor (Alemanha)
Zeenat Adam, Stop the Bombing Campaign (África do Sul)
Zhaleh Sahand, independente (EUA)
Ziad Elmarsafy, professor, King’s College Londres (Reino Unido)
Ziad Majed, professor, Universidade Americana de Paris (Líbano/França)
Zulekha Dinath, autora (África do Sul)


Publicado no A L'Encontre. Traduzido por Carlos Carujo para o Esquerda.net.

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