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“O 25 de Abril é de todas e todos os que se revejam na causa da Liberdade”
“O 25 de Abril é de todas e todos os cidadãos que se revejam na causa da liberdade. Não passa pela cabeça de ninguém que quem se apresente para participar nas comemorações do 25 de Abril seja excluído e barrado à porta”, afirmou o dirigente bloquista Fabian Figueiredo em declarações à TSF esta quarta-feira, acrescentando que “as pessoas hoje estão muito conscientes do que é preciso fazer para estarmos uns com os outros em condições de segurança”.
Depois de um ano sem desfile organizado na Avenida da Liberdade, está marcado para este domingo o regresso da manifestação do 25 de Abril, mas com restrições decididas pela sua comissão promotora em articulação com a Direção Geral de Saúde para limitar o número de participantes. A organização do desfile decidiu limitar a participação no evento a mil pessoas indicadas pelas organizações que integram a comissão promotora, que inclui partidos, sindicatos e associações. Para o Bloco de Esquerda, que também integra a comissão promotora do desfile, “as celebrações do 25 de Abril dispensavam bem todo este caso, particularmente no momento em que se voltam a desconfinar”. Fabian Figueiredo afirmou que nas reuniões “nós nunca debatemos quem é que deve participar” e que “percebemos que a A25A se esforçou desde o início em articular com a DGS de forma as que as normas de segurança fossem cumpridas”.
“Sempre encarámos as comemorações do 25 de Abril como uma reunião de todas e todos aqueles que querem preservar o espírito original do 25 de Abril, que se reveem acima de tudo na causa da Liberdade, que é uma causa integradora”. Por isso, para o desfile de domingo “devem ser garantidas as condições de segurança e está a ser feito um esforço notável em articulação com a DGS para que isso aconteça”, concluiu Fabian Figueiredo.
Iniciativa Liberal protesta por não ter sido incluída
A limitação à participação levantou polémica ao não integrar no desfile as organizações exteriores à comissão promotora, como é o caso dos partidos Volt e Iniciativa Liberal (IL). A IL protestou contra a decisão e mantém a intenção de comparecer à hora marcada para o início do desfile.
Respondendo às acusações da IL nas redes sociais de que estaria a limitar a liberdade política, a Associação 25 de Abril (A25A) publicou um comunicado a contestar o que considera “um inaceitável insulto à nossa dignidade”. A Comissão Promotora “organizou a sua comemoração e este desfile, para ser possível seguindo as regras impostas pelas entidades responsáveis, teve de ser limitado aos que o organizam”, explica a associação dirigida por Vasco Lourenço.
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