Está marcada para 21 de março a assembleia geral dos acionistas do Novo Banco, onde deverão ser aprovados dividendos em cerca de 1,3 mil milhões de euros. A Lone Star é quem mais beneficia da distribuição de dividendos, recebendo quase mil milhões de euros, enquanto o Estado receberá cerca de 325 milhões. No total são cerca de 1,3 mil milhões de euros que serão previsivelmente distribuídos.
A distribuição de dividendos era proibida neste banco até dezembro de 2024, quando o Novo Banco e o Fundo de Resolução terminaram o acordo de capital contingente (CCA), o que permitiu levantar essa proibição. Segundo o Eco, os valores agora distribuídos pelos acionistas incluem os resultados acumulados desde 2021 por via de uma redução de capital e também de dividendos referentes ao lucro do ano passado.
Na ordem de trabalhos constam três pontos relativos a dividendos. Um ponto referente à proposta de aplicação de resultados, outro relativo à tomada de conhecimento sobre a Política de Distribuição de Dividendos, e um último referente a uma alteração aos estatutos na parte dos dividendos.
Já no dia 6 de março, o banco deverá revelar os seus resultados relativos a 2024. Esses dados serão fundamentais para a oferta pública inicial (IPO), processo que irá decorrer nos próximos meses e que já foi comunicado ao Fundo de Resolução e ao Estado português.
O fundo Lone Star detém 75% do controlo do capital do Novo Banco através da Nani Holdings, que deu a “indicação formal” para iniciar o processo de oferta pública das ações do Novo Banco. Para organizar a oferta pública inicial foram escolhidos o Bank of America, o Deutsche Bank e o JPMorgan Chase.
Com o fim do CCA, o governo, a Lone Star e o Fundo de Resolução assinaram um acordo paralelo para assegurar que o Estado terá as mesmas condições que os outros acionistas na operação de venda do banco.