Durante a manifestação, subordinada ao tema "Não à exploração - mudar de política", milhares de pessoas, oriundas não só do distrito do Porto como de Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra, Bragança, Vila Real, Viseu e Braga, entoaram palavras de ordem como "Cavaco cumpre a Constituição, este Orçamento não", "A luta continua, ‘troika’ para a rua" e "Lutar por nós, pelos nossos filhos e avós".
Em declarações à TSF, Arménio Carlos, líder da CGTP, sublinhou que os portugueses não conseguem aguentar o que é “insustentável”, defendendo que é preciso “dar a palavra ao povo”. A intersindical irá “continuar a estar na rua” e a “não baixar os braços” , prometeu o representante da intersindical.
“Exigimos que o Presidente ouça o povo português, tenha em consideração sua opinião e, se o fizer, naturalmente não pode deixar este orçamento ir para a frente. Intervenha em tempo oportuno”, avançou ainda Arménio Carlos, em declarações à agência Lusa.
Na convocatória da manifestação, a CGTP alerta para o facto de a política do governo PSD/CDS-PP estar a:
-A matar a economia e a destruir empresas e emprego;
- A generalizar o desemprego, a pobreza e a exclusão social;
- A aumentar o custo de vida e as rendas de casa;
- A promover a precariedade, os baixos salários e a atacar a contratação colectiva;
- A reduzir o direito e o acesso à Saúde, Educação, S. Social;
- A condenar as nossas crianças à fome;
- A condenar os idosos à morte lenta por não poderem pagar os exames médicos e os medicamentos necessários à sua sobrevivência;
- A favorecer os interesses dos grandes grupos económicos, da Banca e Seguradoras privadas;
- A servir os especuladores financeiros, os corruptos e os que usam o poder para servir interesses privados
No próximo dia 15 de dezembro, a CGTP realizará também uma manifestação em Lisboa. A manifestação terá início no Largo de Alcântara, pelas 15h, dirigindo-se posteriormente par Belém.