Mês de maio igualou recorde de temperatura em Portugal

09 de junho 2020 - 19:13

O passado mês de maio igualou o mesmo período de 2011 como os meses com temperaturas mais elevadas desde o ano de 1931. Segundo o IPMA, a onda de calor que durou 17 dias e foi uma das mais duradouras e com maior dimensão no território.

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Foto de zwigmar/Flickr

O Boletim Climatológico divulgado na passada segunda-feira no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) refere que entre o dia 17 e o 31 de maio uma onda de calor assolou todo o território de Portugal continental. A onda de calor ainda se prolongou em alguns locais do nordeste do país até ao início de junho.

Estes dias de calor intenso contribuíram para que as temperaturas registadas no mês de maio fossem as mais elevadas desde o ano de 1931, só igualadas por maio de 2011.

O IPMA refere também que “nos dias 3 e 26 a 29 o valor médio da temperatura máxima do ar, e Portugal continental, foi superior a 30 graus Celsius” considerados valores muito elevados em comparação com o normal para este período, destacando mesmo assim as temperaturas mais elevadas da segunda quinzena.

As temperaturas mínimas em Portugal Continental foram sentidas no distrito de Bragança no dia 10 de maio, mais precisamente em Carrazeda de Ansiães com 3,3 graus Celsius, tendo a máxima sido também registado bem perto, no Pinhão, concelho de Alijó, distrito de Vila Real, que chegou a atingir os 37,3 graus Celsius.

A temperatura média do ar em maio superou em 3,26 graus o normal para este período tendo-se cifrado nos 19 graus Celsius, sendo que a média da temperatura máxima chegou aos 25,4 graus e da mínima aos 12,6 graus Celsius.

Este Boletim Climatológico também apresenta resultados relativamente à quantidade de precipitação. Este mês de maio a precipitação foi de 51,2 milímetros, sendo inferior ao normal registado entre os anos de 1971 e 2000, de 71,2 milímetros.

Enquanto que na região sul a precipitação foi superior ao normal, na região interior Norte, principalmente nas zonas com maior altitude, os valores registados são inferiores à norma, o que faz com que o interior Norte esteja com classe de seca fraca, ao passo que o sul teve uma redução da área de intensidade da seca.

O IPMA aponta ainda que 75,2% de Portugal está neste momento com seca normal, sendo que 17,5% está com seca fraca, 4,7% seca moderada e 2,6% com chuva fraca.