“Há climas de pressão e assédio laboral em muitas unidades da McDonald's, inclusive, situação de assédio sexual”. Esta é a realidade do trabalho na cadeia de restaurantes de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.
Em comunicado, este sindicato explica tem realizado ações junto dos trabalhadores da cadeia de restaurantes, assegurando que “a McDonald's e as empresas que exploram a marca no sistema de franquiados pagam salários muito baixos”.
Um sistema em que “muitos trabalhadores recebem praticamente o salário mínimo nacional e têm horários horríveis, por turnos, de noite e de dia, trabalham aos sábados, domingos e feriados”. Face a isto exige-se um aumento mínimo de 150 euros por trabalhador.
Nos restaurantes da marca, “há empresas que discriminam os trabalhadores na atribuição do subsídio de alimentação”. Isto porque “aos chefes pagam o subsídio e alimentação em numerário e dão a alimentação em espécie e aos restantes trabalhadores não pagam em numerário, só dão em espécie”. Daí que o sindicato exija “o pagamento do subsídio de alimentação em numerário para todos, sem prejuízo do direito à alimentação em espécie”.
Denuncia-se ainda que “em muitos estabelecimentos, as escalas dos horários de trabalho são feitas ilegalmente todas as semanas” com os trabalhadores a serem “impedidos de conciliar a atividade profissional com a vida pessoal e familiar”. Reivindicam-se portanto horários estáveis “para os trabalhadores da McDonald's terem vida pessoal e familiar”.
Para além isto, “os trabalhadores são muito pressionados pelos gerentes que os obrigam a andarem mais rápido, sofrem retaliações nos horários e nos direitos, dificultam a marcação das férias, cortam nas cargas horárias, baixam as avaliações de desempenho, dificultam a frequência de aulas escolares, não dão o descanso mínimo de 10 horas e um dia para o outro, etc., sendo que os gerentes procedem assim por ordem e conhecimento das empresas”.