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Marinha Grande: Bourbon Automotive despediu precários e impôs férias

Este é “mais um caso de uma empresa que, antes de recorrer aos apoios públicos, supostamente para garantir a manutenção do emprego, despede os trabalhadores precários”, acusa o site despedimentos.pt
Foto de despedimentos.pt

O site despedimentos.pt recebeu denúncias de trabalhadores da empresa Bourbon Automotative, fabricante de componentes de plástico para a indústria automóvel e outras, situada na Marinha Grande. De acordo com essas denúncias, a administração da empresa “impôs férias forçadas e descontou arbitrariamente tempo de compensação no banco de horas aos restantes trabalhadores, na sua unidade fabril na Marinha Grande”.

Estes abusos terão ocorrido depois de uma paragem da produção decidida pela administração, após a implementação das medidas sanitárias de resposta à covid-19. No mês seguinte, em abril, a empresa recorreu ao mecanismo de lay-off simplificado, mas antes disso despediu “dezenas de precários” que tinham formalmente contrato com empresas intermediárias, diz o site.

Segundo o despedimentos.pt, a empresa começou por avisar os trabalhadores de que seria necessário parar a produção, devido à quebra de encomendas por causa da pandemia, e assegurou que esses dias “não seriam considerados como dias de férias, nem alteradas as marcações já feitas”. Mais tarde, “acabou por obrigar os funcionários a assinarem um documento com suposto acordo de marcação de dias de férias nesse período de paragem, sob ameaça de despedimento”.

Esta decisão acabou por ter impactos no direito à compensação por trabalho extra, ao ponto de os trabalhadores terem ficado com “horas negativas” que a administração obriga a repor com “trabalho gratuito, em que nem sequer é pago subsídio de alimentação, nem considerado como trabalho extraordinário”.

De acordo com o site despedimentos.pt, a empresa despediu dezenas de trabalhadoras e trabalhadores precários que tinham formalmente contrato com empresas intermediárias. “É mais um caso de uma empresa que, antes de recorrer aos apoios públicos, supostamente para garantir a manutenção do emprego, despede os trabalhadores precários”.

O site de denúncias informa que esta empresa tem como clientes as principais marcas europeias e japonesas e, em 2017, “teve um volume de negócio de cerca de 38 milhões de euros e um resultado líquido de cerca de 6 milhões de euros”.

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