A carta aberta lançada em setembro já recolheu mais de 800 assinaturas entre os profissionais de saúde que consideram "urgente e imprescindível a tomada de posição sobre a crise humanitária que se agrava desde o dia 7 de Outubro, em Gaza".
Em declarações ao Diário de Notícias, o médico André Almeida afirmou que o objetivo é exigir, "enquanto profissionais de várias áreas da saúde, uma tomada de posição que contribua para a pressão internacional por um cessar-fogo imediato". Até agora, apesar de todos os alertas diários da Organização Mundial de Saúde e outras organizações que prestam assistência médica e humanitária em Gaza, e que já viram morrer muitos dos seus elementos, nenhuma das ordens profissionais portuguesas da área da Saúde tomou posição.
Mais de 150 profissionais de saúde assinam carta aberta pelo cessar-fogo em Gaza
A carta foi dirigida aos bastonários da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, da Ordem dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, da Ordem dos Nutricionistas, Liliana Sousa, da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, da Ordem dos Farmacêuticos, Helder Mota Filipe e Ordem dos Fisioterapeutas, António Manuel Fernandes Lopes.
Além de uma posição de apelo ao cessar-fogo, os signatários pedem ainda uma declaração de solidariedade e apoio a colegas profissionais de saúde em Gaza; e que seja exercida pressão política junto do Ministro da Saúde e do Governo Português para que haja a defesa inequívoca e imediata do cessar-fogo, a condenação clara dos ataques do estado de Israel em Gaza, o reconhecimento dos crimes e violações do direito internacional a ser cometidos, bem como, a aplicação de medidas de boicote e sanções ao estado de Israel.