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Lisboa e Porto manifestaram-se em solidariedade com a Palestina

Organização destacou a "grande mobilização" das manifestações desta segunda-feira. Em Lisboa, Catarina Martins manifestou apoio ao povo palestiniano e apelou a que Portugal e União Europeia apliquem sanções a Israel de forma a parar a "violência atroz".
Manifestação de solidariedade para com a Palestina. Foto de Mário Cruz/Lusa.
Manifestação de solidariedade para com a Palestina. Foto de Mário Cruz/Lusa.

CGTP, MPPM e CPPC convocaram. E centenas de pessoas, em Lisboa e no Porto, responderam ao apelo de solidariedade para com a Palestina e de luta pelo “Fim à Agressão, Fim à Ocupação”. A organização manifestou a sua satisfação pela “grande mobilização”.

Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, declarou à RTP que esta presença foi “demonstrativa de que os portugueses rejeitam este comportamento de Israel e exigem que o governo português tome uma posição clara de repúdio desta agressão.”

É preciso impor sanções a Israel

Catarina Martins esteve presente na manifestação de Lisboa. A coordenadora do Bloco fala de uma “escalada de violência inaceitável contra o povo da Palestina” e lembra que já foram assassinados quase 200 palestinianos, mais de 50 crianças, que a imprensa “também foi alvo”, por o edifício da Associated Press ter sido destruído, “o que é inédito num conflito deste género”. Sublinhou ainda que este não se trata “de um conflito entre duas partes iguais”: “Israel é uma força ocupante na Palestina, não cumpre nenhum tratado internacional, não cumpre nenhum tratado sobre fronteiras e está a fazer uma violenta desocupação de famílias palestinianas para criar mais colonatos ilegais”.

Por isso, a dirigente bloquista critica a posição do governo português por ser “profundamente errada”. Esta é inédita, assegura, “nunca o governo português tinha condenado os rockets da Palestina sem condenar também os ataques de Israel” que são “profundamente desproporcionais”. Antes, “Portugal teve sempre uma postura equidistante entre Israel e Palestina”. Isto era errado “porque entre opressor e oprimido, quando se tem uma posição equidistante está-se a defender o opressor”. Só que a posição do governo agora evoluiu. Para pior.

Pelo contrário, face a uma “violência atroz” e a uma “política de ocupação violenta da faixa de Gaza”, o que seria preciso era que União Europeia e Portugal tomassem uma “posição forte de sanção” para que “Israel pare já”. Catarina Martins invocou a atual presidência portuguesa da União Europeia para desafiar o governo a “convocar toda a União Europeia para condenar esta ofensiva de Israel”.

Este país “não é um estado democrático, é um estado de apartheid, tem uma ocupação e é preciso tomar posição pelos direitos humanos, para defender vidas agora”, insiste. Mas a posição do Bloco não é contra o povo israelita. A porta-voz do Bloco faz questão de insistir que “que o povo israelita não é o governo de Israel” e culpa Netanyahu, “que tem uma série de processos de corrupção em cima” e que “faz estes ataques também para tentar esconder os seus problemas internos”.

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