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Juíza decreta prisão dos membros do governo da Catalunha
Oito membros do governo catalão, incluindo o vice-presidente e líder da ERC Oriol Junqueras, foram mandados para a prisão após terem prestado depoimento junto dos juízes da Audiencia Nacional em Madrid. O único ex-governante que escapou à prisão preventiva foi Santi Vila, que se demitiu na véspera da aprovação da declaração de independência no parlamento catalão.
A acusação aos membros do governo catalão considera que o referendo de 1 de outubro foi “um levantamento violento apoiado pelos acusados, no qual um setor da população partidário da secessão, enfurecida pelos seus dirigentes, desobedeceu publicamente e mostrou a sua resistência coletiva à autoridade legítima do Estado”. Os ex-governantes, tal como os membros da Mesa do Parlamento, serão acusados de rebelião, sedição e desvio de fundos.
A Procuradoria espanhola emitiu mandados de detenção em nome de Carles Puigdemont e dos outros quatro ex-governantes que se encontram na Bélgica. Segundo o jornal catalão El Periódico, a tramitação do processo na justiça belga pode demorar até março de 2018, com o processo da defesa de Puigdemont a ter início na Bélgica em plena campanha eleitoral na Catalunha, onde as eleições autonómicas foram marcadas para 21 de dezembro.
A prisão do governo catalão provocou a reação imediata do setor independentista, com a Assembleia Nacional Catalã e o Ómnium Cultural – que viram os seus líderes presos após o referendo de 1 de outubro – a convocarem manifestações para o fim da tarde em frente ao parlamento catalão e a todas as sedes de autarquias para reclamar a libertação de todos os presos políticos.
A primeira reação dos líderes políticos europeus veio da Escócia, com a primeira-ministra Nicola Sturgeon a declarar que “Independentemente da opinião sobre a Catalunha, a prisão de líderes eleitos é errada e deve ser condenada por todos os democratas”.
Regardless of opinion on Catalonia, the jailing of elected leaders is wrong and should be condemned by all democrats https://t.co/jzJCVBoRL7
— Nicola Sturgeon (@NicolaSturgeon) 2 de novembro de 2017
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