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Índia: segundo dia da greve geral contra as políticas de Modi

Milhões de pessoas aderiram à greve convocada por 10 centrais sindicais. Foi a maior convergência de sempre contra o aumento de preços e para reclamar a subida do salário mínimo e segurança social para todos.
Greve geral na Índia. Foto CITU - Centre of Indian Trade Unions/Facebook

Serviços públicos parados, transportes bloqueados e estradas cortadas. Este é o cenário do segundo dia de greve geral em alguns estados indianos. Para além das reivindicações de melhores salários e proteção social, o protesto é também contra as leis antissindicais do governo de Narendra Modi, que falhou igualmente as suas promessas de criação de emprego.

Entre as razões da greve está também a luta contra as privatizações. “Muitas empresas públicas foram criadas em resultado do esforço e do trabalho de milhares de trabalhadores. São propriedade do povo e nenhum governo tem o direito de as vender”, afirmou Anathalavattom Anandan, o líder da central CITU no estado de Kerala.

A greve está a ter grande impacto também no setor da banca e dos transportes privados, com elevada adesão dos taxistas e condutores, mas também na indústria, com a paralisação de fábricas de multinacionais do setor automóvel e de componentes. Nalgumas regiões, os protestos tiveram como resposta a repressão policial. Num desses casos, em Bangala Ocidental, entre os manifestantes detidos está o líder comunista Sujan Chakraborty, do CPI(M).

A greve foi apelidada de “histórica” pelos seus organizadores, por se tratar da aliança sindical mais abrangente de sempre a convocar o protesto. Ela surge na sequência de lutas sociais importantes nos últimos anos, que já tinham culminado em greves gerais em 2015 e 2016 e conseguiram o cancelamento dos planos para muitas privatizações agendadas pelo governo.

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