O incêndio em Odemira foi dado como dominado pelas 10h15 desta quarta-feira após cinco dias sem dar tréguas a quem se dedicou a combater as chamas, e às populações. Numa fase de operações de rescaldo e consolidação do rescaldo, a preocupação é manter o incêndio dominado e responder de imediato a qualquer possibilidade de reativação. Segundo informações publicadas na página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), mantêm-se no terreno 989 operacionais, apoiados por 335 veículos e seis meios aéreos. A situação deverá manter-se nos próximos dias, na medida em que existem vários pontos preocupantes, essencialmente na frente sul.
Para trás ficou uma paisagem desoladora, com cerca de 8 mil hectares consumidos pelas chamas. Em alguns locais, pouco sobrou. Uma imagem, registada pelo programa europeu Copérnico, mostra a violência das chamas que lavravam em Odemira.
#ImageOfTheDay#Portugal continues to be plagued by the wildfires
On 5 August, a fire broke out near Odemira:
+800 are working to extinguish the flames blaze
The hot spots & the smoke cloud generated by #IROdemira is visible in this #Sentinel2image of 7 August pic.twitter.com/K9LMkaEQFu
— Copernicus EU (@CopernicusEU) August 8, 2023
No meio da desolação, a solidariedade
Um centro logístico em São Teotónio transformou-se numa cantina improvisada, onde os bombeiros de Odemira passaram a confecionar cerca de 1500 refeições diárias. Inúmeros voluntários contribuíram para este esforço.
Há quem também tenha trazido comida já preparada. Um grupo de imigrantes indianos da comunidade Sikh distribuiu centenas de refeições. Um deles, com dois restaurantes, um em Odemira e outro em São Teotónio, explicou à RTP que quer retribuir ao país e que tem toda a sua vida em Portugal. De Lisboa chegaram outros imigrantes indianos, nomeadamente condutores de TVDE. Responderam de imediato ao apelo e trouxeram gelo, um artigo precioso neste momento.