Incêndios florestais

Mariana Mortágua visitou região de Aveiro afetada pelos incêndios. Criticando a postura do governo sobre as causas dos incêndios, a coordenadora bloquista apontou para a falta de gestão florestal e para a prevalência de "interesses económicos" na cultura do eucalipto.

Sete pessoas morreram e 118 ficaram feridas nos incêndios que lavram desde domingo no Norte e Centro do país. Em apenas três dias, 2024 tornou-se no quarto ano com mais área ardida da última década.

Mariana Mortágua expressou preocupação face à vaga de incêndios no país, expressou condolências à família e corporação do bombeiro falecido e solidariedade para com quem “está a enfrentar as chamas e com as comunidades afetadas”.

O incêndio devastador na Madeira tem como pano de fundo vários problemas na gestão agroflorestal e na prevenção aos incêndios, bem como na política para a agricultura. Em entrevista ao Esquerda, Hélder Spínola, professor universitário e investigador, explica como o território sofreu com as atuais políticas e como o preparar para o futuro.

Daniel Moura Borges

Coordenadora nacional do Bloco de Esquerda visitou este sábado a Madeira para fazer um balanço do incêndio que devastou a ilha. BE Madeira considera que houve "negligência na prevenção".

Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil propõe conjunto de medidas em áreas-chave para recuperar o território da Madeira e desenvolver a sua capacidade de gestão ambiental, de território e de combate aos incêndios.

Presidente do Governo Regional da Madeira volta à ilha do Porto Santo para continuar férias durante a crise dos incêndios. Polícia de Segurança Pública bloqueia exclusivamente o acesso da comunicação social às zonas incendiadas.

Organização regional da Madeira do Bloco de Esquerda manifesta solidariedade e preocupação com as vítimas e combatentes dos incêndios, mas crítica o governo regional PSD/CDS por "enorme insensibilidade" e má gestão da situação. 

Os bolsonaristas aproveitam a tragédia dos incêndios para tentar branquear a sua política anti-ambiental. Mas as verdadeiras causas dos fogos que lavram agora naquele bioma não são as que eles apontam.

Giovana Girardi

O partido “Solução Grega” alimenta notícias falsas sobre os migrantes serem a causa dos incêndios e encoraja a criação de milícias para os “caçar”.

Na Grécia há incêndios descontrolados e várias localidades tiveram de ser evacuadas. Em três dias arderam 40.000 hectares. Em Itália também 700 pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas na segunda-feira na ilha de Elba. E o incêndio de Tenerife ainda lavra, tendo sido deslocadas 12.000 pessoas.

Em Tenerife vive-se  um dos incêndios mais complicados “dos últimos 40 anos”. No Canadá, a capital dos Territórios do Nordeste, Yellowknife, está ameaçada e tem ordem de evacuação. Dezenas de milhares de pessoas estão a ser obrigadas a abandonar as suas casas.

O incêndio que consumiu a cidade histórica de Lahaina, na ilha havaiana de Maui, é o mais mortal dos EUA no último século. Autoridades alertam que este desastre natural deixou uma sequela "altamente tóxica", bem como um abastecimento de água potencialmente contaminado.

No meio da desolação, com mais de 8 mil hectares afetados pelo incêndio, chegam também notícias de solidariedade. Imigrantes indianos distribuíram centenas de refeições e, inclusive, trouxeram gelo da capital para quem se dedica a combater as chamas.

Os grandes incêndios de Pedrógão Grande foram há seis anos. A distrital do Bloco lembra esse “ano catastrófico” e lamenta as perdas. E acrescenta que os governos do Partido Socialista “nada mudaram neste panorama”, acusando-os de se dedicarem a “criar ilusões e a enganar as populações rurais”.

A época de incêndios no Canadá começou mais forte do que nunca e há mais de 400 fogos ativos. Ardeu 15 vezes mais do que a média da última década e o fumo chega a várias cidades dos EUA. Por isso, Nova Iorque está com níveis de qualidade do ar piores do que Deli.

As alterações climáticas estão a materializar-se e a exceder em muitos casos a prudência dos modelos científicos.

João Camargo

Se no combate aos incêndios a situação melhorou muito, na prevenção e na gestão do fogo avançou-se praticamente nada.

Ricardo Moreira

Dezassete anos após a criação das primeiras equipas, é generalizado o reconhecimento da qualidade do seu trabalho e o seu enorme contributo para a prevenção e vigilância de incêndios. Mas, o financiamento pelo Orçamento do Estado mantém-se inalterado.

Carlos Matias

A incapacidade para prevenir incêndios florestais, o desordenamento e falta de gestão da nossa floresta não acontecem por acaso.

Maria do Carmo Bica