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Holanda: Governo suspende novas medidas de austeridade

O governo holandês, que tem sido um dos mais extremados defensores da política de austeridade, decidiu esta semana suspender um novo plano de cortes nas despesas sociais, no montante de 4.300 milhões de euros. Esta suspensão deve-se ao facto da Holanda ter entrado em recessão pelo segundo ano consecutivo.
Manifestação contra cortes nas despesas sociais, Haia, 6 de abril de 2013 – Foto de SP/Flickr

O Governo holandês tem-se destacado na zona euro, como um dos mais radicais defensores da política de austeridade e de cortes nas despesas sociais e nos serviços públicos. O primeiro-ministro Matk Rutte, liberal do partido VVD e que governa em aliança com o partido trabalhista – PvdA, apresentou em outubro de 2012 um plano de cortes para 4 anos no montante de 16.000 milhões de euros. Em 1 de março passado, o Governo decidiu um novo plano de cortes adicionais, calculado em 4.300 milhões de euros.

Porém, ao contrário do que Mark Rutte prometia, a situação da economia da Holanda agrava-se e entrou em recessão, pelo segundo ano consecutivo. O desemprego subiu de 6% para 8,1%, o consumo está em queda acentuada, as falências subiram 50% no primeiro trimestre deste ano e o mercado imobiliário continua deprimido.

Perante esta situação, o Governo suspendeu o novo pacote de cortes e concluiu um acordo com os parceiros sociais no passado fim de semana.

No entanto, o Governo holandês não desiste da política de austeridade e o primeiro-ministro Mark Rutte afirma que se a Holanda não atingir um crescimento de 0,5% em 2013, o plano de 4.300 milhões de euros de cortes será reativado, pois mantém o objetivo de atingir 3% de défice público em 2014.

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