O Governo holandês tem-se destacado na zona euro, como um dos mais radicais defensores da política de austeridade e de cortes nas despesas sociais e nos serviços públicos. O primeiro-ministro Matk Rutte, liberal do partido VVD e que governa em aliança com o partido trabalhista – PvdA, apresentou em outubro de 2012 um plano de cortes para 4 anos no montante de 16.000 milhões de euros. Em 1 de março passado, o Governo decidiu um novo plano de cortes adicionais, calculado em 4.300 milhões de euros.
Porém, ao contrário do que Mark Rutte prometia, a situação da economia da Holanda agrava-se e entrou em recessão, pelo segundo ano consecutivo. O desemprego subiu de 6% para 8,1%, o consumo está em queda acentuada, as falências subiram 50% no primeiro trimestre deste ano e o mercado imobiliário continua deprimido.
Perante esta situação, o Governo suspendeu o novo pacote de cortes e concluiu um acordo com os parceiros sociais no passado fim de semana.
No entanto, o Governo holandês não desiste da política de austeridade e o primeiro-ministro Mark Rutte afirma que se a Holanda não atingir um crescimento de 0,5% em 2013, o plano de 4.300 milhões de euros de cortes será reativado, pois mantém o objetivo de atingir 3% de défice público em 2014.