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Habitação: Lisboa teve a maior subida de rendas na União Europeia

Segundo o estudo do FMI, o custo médio de arrendar casa em Lisboa mais do que duplicou desde 2013.
O estudo toma nota positiva dos programas recentes para controlar os preços das rendas cobradas aos mais jovens, aos deficientes, idosos e famílias com filhos pequenos.
O estudo toma nota positiva dos programas recentes para controlar os preços das rendas cobradas aos mais jovens, aos deficientes, idosos e famílias com filhos pequenos.

Não surpreende ninguém, mas o estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os mercados de arrendamento na União Europeia confirma a subida vertiginosa das rendas habitacionais desde 2013, o pico das políticas de austeridade do governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas.

O aumento superior a 100% registado na capital portuguesa é o maior de um grupo de 35 cidades europeias de maior dimensão analisadas pelo FMI.

Para o FMI,  Portugal está particularmente mal preparado para responder os efeitos da crise pandémica e deve, por isso, realizar mudanças para combate o que considera ser um desequilíbrio de mercado.

Se em 2011 esta instituição foi uma das promotoras da flexibilização do mercado de arrendamento que permitiu a especulação imobiliária e levou ao aumento exponencial do preço de arrendamento e à expulsão de milhares de famílias das suas casas, isso não a impede de agora considerar que este mercado colocou segmentos da população à margem e em risco de exclusão, alimentando a desigualdade.

Ainda assim, o estudo toma nota positiva dos programas recentes para controlar os preços das rendas cobradas aos mais jovens, aos deficientes, idosos e famílias com filhos pequenos.

No entanto, nas camadas mais jovens e urbanas, o problema parece ser grave, sinaliza o FMI. E mais sério em Portugal do que noutros países. Lisboa surge como o expoente europeu dessa situação crítica, tendo em conta a agressividade da subida de preços nos últimos anos, desde o tempo do programa de austeridade.

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