Esta sexta-feira, os trabalhadores das cantinas vão estar em greve. Lutam por aumentos salariais, melhores condições de trabalho e pelo fim da precariedade numa jornada convocada pela FESAHT, Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.
A greve abrange todos os trabalhadores de cantinas, refeitórios, fábricas de refeição, restauração das áreas de serviço das autoestradas e bares concessionados e espera-se que seja particularmente sentida nos refeitórios de escolas e hospitais.
Da lista de reivindicações fazem a parte a negociação do contrato coletivo de trabalho, aumentos de salário acima dos 150 euros para todos os trabalhadores, uma atualização do subsidio de alimentação, o pagamento de retribuições para os trabalhadores com horário repartido ou que trabalhem em regime de turnos, e pelo trabalho ao fim-de-semana, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, 25 dias úteis de férias e a vinculação de todos os trabalhadores contratados a termo.
Para além da greve, a mesma estrutura marcou uma concentração que vai decorrer de manhã no congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, no Parque de Exposições de Aveiro.
A federação sindical aponta que o setor “é dos que mais tem crescido e perante os lucros obtidos pelas empresas, nada justifica os baixos salários, más condições de trabalho e horários desregulados, com que os profissionais da hotelaria, restauração e turismo estão a ser confrontados”.
Os trabalhadores questionam “qual o lado do coração e da gestão que pensa nos trabalhadores, no que respeita às suas condições de vida e de trabalho em particular os salários, carreiras profissionais, reconhecimento pela antiguidade e a conciliação da vida profissional com a pessoal e familiar”. Uma referência ao lema do congresso patronal: “Gestão é ter o coração do lado certo”.
Os sindicalistas referem ainda em comunicado que o lema deste congresso deveria ser “Qual o verdadeiro motivo de haver falta de mão de obra no Sector?”