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Guaidó desencadeia golpe militar na Venezuela
Durante a madrugada desta terça-feira, 30 de abril, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e autodeclarado presidente interino da Venezuela, foi para a base aérea La Carlota, juntamente com outros deputados e com Leopoldo López, líder do seu partido, Voluntad Popular, de onde apelou ao apoio ao que denominou “Operação Liberdade” e à mobilização popular contra Maduro e o regime.
Leopoldo López, que estava preso desde 2014 e em prisão domiciliária desde 2018, abandonou a residência e dirigiu-se também a La Carlota, tendo o presidente da Assembleia Nacional declarado que o indultou.
Guaidó vinha apelando à mobilização para um de maio e hoje divulgou o lema “o primeiro de maio começou hoje” e divulgou um vídeo no seu twitter, com a frase “No quadro da nossa constituição. E pelo cessar definitivo da usurpação”
En el marco de nuestra constitución. Y por el cese definitivo de la usurpación. https://t.co/3RD2bnQhxt
— Juan Guaidó (@jguaido) 30 de abril de 2019
A primeira reação do regime foi dada pelo ministro da Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, que anunciou que o regime estava a “enfrentar e desativar” um plano golpista.
Informamos al pueblo de Venezuela que en estos momentos estamos enfrentando y desactivando a un reducido grupo de efectivos militares traidores que se posicionaron en el Distribuidor Altamira para promover un Golpe de Estado contra la Constitución y la paz de la República... 1/2
— Jorge Rodríguez (@jorgerpsuv) 30 de abril de 2019
Posteriormente, o ministro da Defesa, Padrino Lopez, escreveu no twitter que as forças armadas estão firmes em defesa da Constituição Nacional e das autoridades legítimas:
La FANB se mantiene firme en defensa de la Constitución Nacional y sus autoridades legítimas. Todas las unidades militares desplegadas en las ocho Regiones de Defensa Integral reportan normalidad en sus cuarteles y bases militares, bajo el mando de sus comandantes naturales.
— Vladimir Padrino L. (@vladimirpadrino) 30 de abril de 2019
Governo português apela a “solução política pacífica na Venezuela”
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, declarou o desejo de que “todas as partes encontrem uma solução política pacífica na Venezuela”.
O governo português diz ainda que ativou mecanismos de apoio à comunidade portuguesa e recomenda aos cidadãos portugueses que "adotem todas as medidas de segurança indespensáveis".
Presidente do Parlamento Europeu apoia golpe e EUA também
Em apoio, a nível internacional, destaca-se Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu, que no seu twitter manifestou apoio ao golpe de Guaidó:
Hoy #30abr, marca un momento histórico para el regreso a la democracia y la libertad en Venezuela,que el Parlamento Europeo siempre ha apoyado. La liberación del Premio Sajarov @leopoldolopez por militares a la orden de la Constitución,es una gran noticia. ¡Vamos Venezuela libre!
— Antonio Tajani (@EP_President) 30 de abril de 2019
Até ao momento (15h25, hora de Lisboa), Donald Trump não se manifestou sobre o que se passa na Venezuela, mas o seu conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, apoiou Guaidó, assim como o secretário de Estado, Mike Pompeo, que tuitou:
Today interim President Juan Guaido announced start of Operación Libertad. The U.S. Government fully supports the Venezuelan people in their quest for freedom and democracy. Democracy cannot be defeated. #EstamosUnidosVE
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) 30 de abril de 2019
Por sua vez, o senador norte-americano Marco Rubio dirigiu-se ao major general do Exército e conselheiro de segurança de Nicolás Maduro, Gustavo Enrique Gonzalez López, declarando “chegou o momento de apoiar a constituição da Venezuela”:
MG Gustavo Enrique Gonzalez Lopez ha llegado el momento de apoyar la constitution de #Venezuela pic.twitter.com/imdH4RXbuv
— Marco Rubio (@marcorubio) 30 de abril de 2019
Evo Morales condena golpe
Entretanto, Evo Morales, presidente da Bolívia, condenou “energicamente” o golpe de estado:
Condenamos enérgicamente el intento de golpe de Estado en #Venezuela, por parte de la derecha que es sumisa a intereses extranjeros. Seguros que la valerosa Revolución Bolivariana a la cabeza del hermano @NicolasMaduro, se impondrá a este nuevo ataque del imperio.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 30 de abril de 2019
Notícia em atualização
Nicolás Maduro conta com a lealdade das chefias militares
O presidente venezuelano reagiu ao golpe militar, sublinhando os “nervos de aço” face à situação em desenvolvimento na capital venezuelana. Maduro diz ter contactado os comandantes militares das várias zonas do país, que lhe asseguraram “total lealdade ao Povo, à Constituição e à Pátria”. Nicolás Maduro aproveita para apelar à “máxima participação popular para assegurar a vitória da Paz”.
¡Nervios de Acero! He conversado con los Comandantes de todas las REDI y ZODI del País, quienes me han manifestado su total lealtad al Pueblo, a la Constitución y a la Patria. Llamo a la máxima movilización popular para asegurar la victoria de la Paz. ¡Venceremos!
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) April 30, 2019
Presidente cubano condena “traidores” que levam armas de guerra para a via pública
Outro aliado do regime de Nicolás Maduro, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, juntou-se à condenação do “movimento golpista que pretende encher o país de violência”. Díaz-Canel acusa os “traidores que se puseram à frente deste movimento subsversivo” de terem colocado “armas de guerra numa via pública para criar ansiedade e terror”.
Rechazamos este movimiento golpista que pretende llenar de violencia al país. Los traidores que se han colocado al frente de este movimiento subversivo, han empleado tropas y policías con armas de guerra en una vía pública de la la ciudad para crear zozobra y terror #SomosCuba https://t.co/n1jIoABPvi
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) April 30, 2019
Bolsonaro diz que apoia Guaidó na “transição democrática” em curso
O presidente brasileiro fez duas declarações sobre o golpe militar desencadeado por apoiantes de Juan Guaidó. Na primeira, afirmou a solidariedade do Brasil “com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos”. Minutos depois, mais cauteloso, disse que “o Brasil acompanha com bastante atenção a situação na Venezuela e reafirma o seu apoio na transição democrática que se processa no país vizinho”.
O Brasil acompanha com bastante atenção a situação na Venezuela e reafirma o seu apoio na transição democrática que se processa no país vizinho. O Brasil está ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 30, 2019
Comércio fecha portas em Caracas, Metro suspende serviço por razões de segurança
Numa altura em que os confrontos entre apoiantes do golpe militar e as forças de segurança leais a Nicolás Maduro se restringem às imediações da base militar, o número dois do regime, Diosdado Cabello, apelou aos apoiantes do governo para se dirigirem até junto do Palácio de Miraflores. Quanto aos apoiantes de Guaidó, o ponto de concentração é na Praça de Altamira, perto da base tomada por militares revoltosos, para onde seguiu o o auto-designado presidente, acompanhado por Leopoldo López. Os dois pontos de concentração estão separados por dez quilómetros. Boa parte dos comerciantes do centro de Caracas fecharam as portas das suas lojas e o Metro, principal meio de transporte urbano da capital venezuelana, anunciou a suspensão do serviço nas três linhas por razões de segurança.
#ATENCION se le informa a nuestros usuarios que por razones de seguridad el sistema #MetroDeCaracas en sus tres líneas, no prestan servicio comercial hasta nuevo aviso, ofrecemos disculpas por las molestias causadas.@VTVcanal8 @TransporteGobVe @ConElMazoDando
— Metro de Caracas (@metro_caracas) 30 de abril de 2019
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