Lutas

Greve parcial dos trabalhadores da Carris toda a semana

02 de junho 2025 - 14:30

Os trabalhadores lutam pela redução do horário de trabalho com uma greve ao período inicial e final do seu trabalho. No dia 12 de junho, a greve será de 24 horas.

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Autocarro da Carris.
Autocarro da Carris. Foto da CGTP.

Na semana de 2 a 6 de junho, os trabalhadores da Carris vão fazer uma greve de duas horas ao início e final de cada período de trabalho. No dia 12 de junho, em que a cidade de Lisboa celebra o Santo António, a greve será de 24 horas.

Já esta segunda-feira, a adesão à greve parcial registou-se como "significativa" com paralisação parcial e serviços mínimos  mas ainda alguma perturbação no serviço, segundo afirmou fonte sindical à Lusa.

Em comunicado, o STRUP, Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Urbanos de Portugal, da Fectrans, apela a “construir uma Grande Jornada de Luta”, reivindicando uma redução faseada do horário semanal de trabalho para as 35 horas e a resolução do pagamento das deslocações dos trabalhadores.

Justificando a adesão à greve, este sindicato apelou ainda “a manter a Unidade de todos os trabalhadores e não se perder em discussões que só cavam a desunião”. Trata-se de uma crítica ao SNMOT, Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores, que lançou o pré-aviso de greve e que é acusado de “ter avançado de forma unilateral com uma greve que não correspondia à decisão” do plenário conjunto realizado pelas duas organizações.

Este, por sua vez, acusa a Carris de obstaculizar as negociações ao não facultar dados indispensáveis para a elaboração de propostas “fidedignas e alcançáveis” e afirma que “ao contrário de outros, o SNMOT não pretende ficar à espera das propostas da empresa para depois as criticar ou rejeitar. Pretendemos continuar a fazer o que já fizemos ao reduzir o horário de trabalho de 40 para 37 horas e 30 minutos”, o que acreditam ser ter uma postura “pró-ativa, não passiva ou reativa”. Sobre o plenário concluem que este tinha autorizado a sua direção sindical a avançar com a greve caso não ocorressem avanços nas negociações.

O STRUP comunica ainda que para esta greve não haverá serviços mínimos mas na do próximo dia 12/06 funcionarão a 50% as carreiras propostas pela empresa. De acordo com a Lusa, além de serem obrigatórios serviços como o transporte exclusivo de deficientes ou os postos médicos da empresa, têm de funcionar “em 50% do seu regime normal” as carreiras 703, 708, 717, 726, 735, 736, 738, 751, 755, 758, 760 e 767.