Em plenários realizados esta segunda e terça-feira, os trabalhadores do Metro de Lisboa decidiram começar, a partir de maio, uma greve ao trabalho suplementar e eventos especiais.
À Lusa, Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, explicou que esta forma de luta foi aprovada por maioria e os sindicatos passaram a ficar também mandatados para “todas as lutas possíveis que estes acordem como necessárias para demonstrar o descontentamento dos trabalhadores”.
A decisão dá portanto aos sindicatos possibilidade de avançar com outro tipo de protestos depois da próxima reunião com o Conselho de Administração da empresa que acontecerá a 30 de abril.
A dirigente sindical refere que em cima da mesa estão as reivindicações pelo aumento do subsídio de almoço e redução para as 35 horas de jornada de trabalho semanal, “tendo em conta que será difícil conseguirmos mais no salário por força do decreto-lei” do Governo.
Para ela, a greve “trará impactos” em alguns eventos já programados, nomeadamente a final da Liga dos Campeões de futebol feminino, em 24 de maio.
Sara Gligó pronunciou-se também sobre a reunião da passada terça-feira com o gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação, contando que o sindicato entregou o acordo sobre as variáveis remuneratórias (trabalho suplementar e feriados), notando que “com exceção dos anos de 2023 e 2024 nada foi cumprido, nem apresentada contraproposta”.
Anunciou igualmente que foi entregue ao governo uma Carta Aberta sobre o acidente ocorrido no ano passado, junto à estação de Alvalade.
