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Grécia: campo de refugiados entrou em quarentena

Após a realização de dezenas de testes no campo de Ritsona, nenhum dos infetados apresentava sintomas. Multiplicam-se os apelos à evacuação dos campos.
Campo de refugiados em Ritsona, Grécia, Cruz Roja Española/ Flickr

O campo de refugiados de Ritsona, com 2.200 pessoas, localizado a 75 km de Atenas, foi colocado em quarentena na passada quinta-feira, por decisão do Governo grego. Durante os próximos 14 dias é proibida a entrada e saída do campo, decisão que resultou da identificação do primeiro caso de Covid-19 numa refugiada desse campo que deu à luz em Atenas.

Segundo a agência Lusa, as instituições humanitárias receiam que a situação se descontrole caso as pessoas se mantenham no campo e apelam por isso à sua evacuação, assim como das 20 mil pessoas que estão no campo de Mória, na ilha de Lesbos, onde há apenas uma “torneira com água potável” para cada 1.300 pessoas e uma casa de banho para 200, segundo o diretor da organização Médicos Sem Fronteiras. Vasilis Stravaridis acrescentou que “com estas condições, não existe um plano de organização em caso de contágio, apenas a esperança de que isso não aconteça”. Também no campo de Kilkis, no norte da Grécia, já foi identificado um caso positivo.

Após dezenas de testes, todos os refugiados do campo de Ritsona que já foram identificados como infetados não apresentam sintomas e está a aumentar o número de apelos, provenientes de médicos, académicos e ONG europeias para que se proceda à evacuação dos campos, segundo o jornal Aljazeera. O mesmo jornal dá conta que o primeiro caso positivo na ilha de Lesbos já foi confirmado há três semanas.

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