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Governo chinês saúda vitória de Bolsonaro e anseia por privatizações

Partido Comunista Chinês anseia por concessões e privatizações. Ministro dos Negócios Estrangeiros felicitou vitória do candidato da extrema-direita brasileira.
Xi Jinping, presidente da China e secretário-geral do Partido Comunista Chinês.

O governo da China felicitou Jair Bolsonaro pela eleição, numa mensagem transmitida pelo porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang.

Bolsonaro é um crítico de longa data do governo chinês que acusa o país de tentar dominar setores chave da economia brasileira. Uma análise da agência de notícias chinesa Xinhua, propriedade do Estado chinês, afirma que o mais urgente desafio para o novo presidente brasileiro será a recuperação económica.

O comunicado de imprensa fala da agenda do novo governo de “privatizar tudo” e das possíveis reformas da Segurança Social e das Finanças. Diz, porém, que a próxima governação enfrentará uma "resistência substancial" para conseguir levar avante esses “projetos”.

O governo chinês reforça que Bolsonaro foi eleito com apoio do agronegócio, de líderes de igrejas evangélicas, das Forças Armadas, do setor de segurança e do mercado financeiro, e que cada um desses grupos possui "reivindicações próprias e às vezes opostas".

Por último, o comunicado afirma que é esperado que o novo governo amplie as concessões de infraestruturas e realize privatizações com a participação do capital estrangeiro.

No início do ano, Bolsonaro tornou-se o primeiro candidato à presidência do Brasil a visitar Taiwan, desde que as relações diplomáticas sino-brasileiras foram estabelecidas nos anos 1970. A visita gerou mal-estar. O governo chinês manifestou preocupação e indignação com o ocorrido. O Brasil não reconhece oficialmente Taiwan e o território é visto pela China como uma província rebelde.

Esquerda.net com Carta Capital

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