A Galp obteve um lucro de 1.002 milhões de euros em 2023, mais 13,7% que no ano anterior, batendo aquele que tinha sido o seu maior lucro de sempre, de 881 milhões de euros em 2022.
Em 2023, a produção de petróleo no mercado mundial aumentou 6%. Já as vendas de energia a clientes da empresa caíram 7%, com uma queda de 28% das vendas de gás natural.
A Galp referiu que o EBITDA (resultado antes de impostos) foi de 3,56 mil milhões de euros, menos 7,6% do que em 2022, de acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Por categoria, o EBITDA do 'Upstream' (exploração e produção de petróleo e gás natural) foi de 2,26 mil milhões de euros no ano passado, uma descida de 26,6%.
A empresa, privatizada em 2006 pelo Governo do PS e gerida desde então pelo Grupo Amorim, vai “aumentar em 4% a remuneração aos acionistas, incluindo o Estado, que tem uma participação de 7% na empresa”, segundo avançou o jornal Público.
No entanto, a Galp admitiu esperar uma redução de 13% no EBITDA este ano. A dívida líquida do grupo subiu de 1,21 mil milhões de euros no final de setembro para 1,4 mil milhões de euros no final de dezembro.
O Bloco propõe a recuperação do controlo sobre o setor da energia: Galp, EDP e REN
O Bloco de Esquerda critica há vários anos as privatizações ruinosas para o Estado de empresas fundamentais para a soberania do país como a Galp, por exemplo. No seu programa eleitoral para as eleições de 10 de março, o Bloco propõe por isso que se recupere “a soberania pública sobre o setor da energia, obtendo o controlo acionista da Galp, a EDP e a REN. Os dividendos gerados por estas empresas têm sido de 1000 milhões de euros por ano, pelo que será possível financiar essa aquisição, realizando a operação inversa à que esses acionistas realizaram.”