O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, ameaçou a frota de barcos que pretende fazer chegar a Gaza auxílio humanitária. Diz que vai assumir controlo dos barcos, prender e tratar todos os presentes como “terroristas”.
A resposta oficial da Global Sumud Flotilla chegou esta quinta-feira, numa declaração em que se destaca que, para além das acusações de terrorismo serem “infundadas e injustas”, as ameaças do governante sionista “constituem uma flagrante violação do direito humanitário internacional e das Convenções de Genebra”.
Para a organização da viagem humanitária, o que Ben-Gvir afirmou enquadra-se no padrão do que tem sido o comportamento do governo israelita que “utiliza tais táticas como armas” contra o povo palestiniano, “criminalizando-o, brutalizando-o e desumanizando-o”, para além de “silenciar os protestos pacíficos e a solidariedade humanitária com os palestinianos – numa tentativa desesperada de suprimir os apelos globais por justiça”.
A Flotilha vinca que a sua missão é “humanitária, legal e imparável”. Explica-se ainda que, de acordo com direito internacional, a linha costeira mediterrânica de 40 quilómetros de Gaza “é controlada pelo povo de Gaza” e que este “tem o direito de receber barcos, bens e pessoas através das suas águas territoriais”. Contudo, desde 2007, os palestinianos têm sido vítimas de um bloqueio marítimo e aéreo amplo e ilegal imposto pelo ocupante.
Na sua tomada de posição, a Global Sumud Flotilla reafirma estar unida em torno da sua missão humanitária de fazer chegar urgentemente ao povo palestiniano alimentos, água e medicamentos enquanto este enfrenta “um genocídio catastrófico persistente e uma crise de saúde em espiral”.
Apela-se ainda à comunidade internacional, às Nações Unidas e aos governos para garantirem a sua passagem segura até Gaza.
Por último, reforça-se que “nenhuma intimidação, nenhuma campanha de difamação e nenhum ato de brutalidade podem silenciar a exigência global de justiça, dignidade e ajuda humanitária”.