Após vários dias de paragem na Tunísia devido às condições meteorológicas, contratempos logísticos e taques de drones contra duas embarcações, dezenas de barcos da Global Sumud Flotilla largaram finalmente amarras no domingo para rumarem ao destino da missão humanitária. A caminho da Faixa de Gaza irão juntar-se mais 18 barcos que partiram de Itália no sábado e outros que com origem na Grécia.
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Ataques à flotilha “servem para desviar a atenção de Gaza”
Segundo a organização, a paragem serviu também para reforçar a segurança das embarcações, após as ameaças do ministro israelita Ben-Gvir de tratar os passageiros como terroristas. Entre as medidas tomadas por causa desta previsão de “condições crescentemente hostis” esteve a redução do número de participantes em vários barcos.
“As mudanças estratégicas nos nossos planos irão permitir-nos salvaguardar melhor os participantes na medida do possível, preservar o impacto da missão e mostrar a resiliência deste movimento global pela Palestina”, diz a organização em comunicado.
A flotilha é também acompanhada por um barco que transporta advogados e juristas e que irá monotorizar o desenrolar da missão humanitária e registar eventuais violações da lei internacional, recolhendo provas para usar em futuras ações judiciais.
À semelhança do que fez o governo espanhol, também o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano Antonio Tajani anunciou ter apelado a Israel para respeitar os direitos dos cidadãos a bordo da flotilha, incluindo os deputados presentes. Segundo a Al Jazeera, nos barcos que saíram de Itália viajam pelo menos quatro deputados e dezenas de autarcas e ativistas daquele país.