A campanha levada a cabo pelos activistas dos colectivos Panteras Rosa e Comité de Solidariedade com a Palestina, enquadrada na campanha internacional que apela ao boicote e a sanções dirigidas ao Estado Israel pela ocupação da Palestina e pelo desrespeito pelos direitos humanos dos palestinianos, acabou por surtir efeito. Ao contrário do que aconteceu em anteriores anos, e face à mediatização e à firmeza dos protestos, o Festival Queer, com início já esta sexta-feira e que terá 84 filmes em exibição, não contará, em 2011, com patrocínios da embaixada israelita.
Sérgio Vitorino, representante do movimento Panteras Rosa, já veio congratular esta decisão. “Felicitamos a decisão do Queer Lisboa de abandonar este patrocínio para que possamos continuar a celebrar a verdadeira mensagem do festival – a da igualdade e da tolerância”, afirmou o activista, acrescentando que “Israel usa os eventos queer para fazer “pinkwash” [branqueamento rosa] do apartheid, desviando as atenções da opressão que exerce sobre os palestinianos assim como da verdadeira homofobia com que se confronta a comunidade LGBT dentro de Israel e qualquer gay ou lésbica palestiniano a viver debaixo de uma brutal ocupação militar”.
O embaixador de Israel veio afirmar, entretanto, que “não poderia ter ficado mais indiferente em relação a essa decisão”.