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Fectrans irá à porta do Conselho de Ministros protestar por mais transportes

Há autocarros lotados, enquanto as empresas têm parte da frota parada, trabalhadores em lay-off e recebem apoios do Estado como se estivessem a operar normalmente.
Trabalhadores dos transportes em protesto com bandeiras da Fectrans. Foto da Fectrans/Facebook.
Trabalhadores dos transportes em protesto com bandeiras da Fectrans. Foto da Fectrans/Facebook.

Na próxima quinta-feira, o Conselho de Ministros será acompanhado pelas exigências dos trabalhadores dos transportes que asseguram que, no protesto, cumprirão todas as normas de segurança emitidas pela Direção Geral de Saúde.

A Fectrans, Federação dos Sindicatos de Trabalhadores dos Transportes e Comunicações, emitiu este sábado um comunicado em que informa que uma delegação dos vários sindicatos que compõem a estrutura irá levar ao governo a exigência de que este intervenha “no sentido de haver mais oferta de transporte rodoviário de passageiros, que são da responsabilidade dos privados”. Exigem assim o fim das situações de lay-off.

Os sindicalistas denunciam que o governo “tem apoiado as empresas privadas do sector rodoviário de passageiros, na base do histórico, ou seja, nos valores pagos em situação de funcionamento normal” só que estas mantêm ainda milhares de trabalhadores em situação de lay-off.

Ao invés de financiar a paralisação, para o sindicato o momento é para “mais oferta tendo em conta o aumento da procura e de forma a garantir as normas de distanciamento determinadas pelo governo”, ou seja uma lotação de dois terços.

A Fectrans insiste que o governo acabe com o regime de lay-off no setor, alegando que este “tem responsabilidades nesta situação e não pode desculpar-se com as autoridades de transportes, hoje na dependência dos municípios”.

Neste comunicado, a situação do setor é descrita da seguinte forma: “hoje muitos autocarros circulam lotados, enquanto estas empresas mantêm imobilizada uma parte significativa da frota, reclamando ainda mais apoios do governo e com isso milhares de trabalhadores viram o seu salário reduzido e os utentes começam a ser transportados sem as condições exigidas”.

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