Esta informação, que chegou à agência Lusa através de uma fonte próxima do processo, aponta o total das multas em 4,325 milhões de euros. Os nove antigos administradores foram condenados por prestação de informação falsa ao mercado, mas a CMVM não conseguiu provar as acusações, centradas no período entre 2002 e 2007, de manipulação de cotações e de dolo, uma vez que todos recebiam prémios de acordo com a evolução do comportamento das acções do banco no mercado bolsista.
A multa mais elevada é de 1 milhão de euros e foi aplicada a Jardim Gonçalves, o antigo presidente do BCP. Segue-se António Rodrigues (900 mil) e Filipe Pinhal (800 mil). Os três irão ficar ainda inibidos de exercer actividade bancária nos próximos cinco anos.
Christopher de Beck irá pagar 650 mil e manter-se-á afastado do negócio da banca por quatro anos, enquanto António Castro Henriques foi multado em 250 mil euros e dois anos de inibição.
Paulo Teixeira Pinto, o ex-banqueiro que actualmente preside à comissão de revisão constitucional do PSD, também foi condenado pela CMVM a pagar 200 mil euros e a um ano de afastamento da actividade bancária, tal como o ex-administrador Alípio Dias. O único acusado a escapar da pena de inibição foi Miguel Magalhães Duarte, que terá de pagar 75 mil euros de multa, tal como Luís Gomes.
Ao contrário do que foi inicialmente divulgado pela agência Lusa, Filipe Abecassis e Rui Lopes não foram condenados pela CMVM e viram as suas suspeitas arquivadas.
Leia aqui o relatório alternativo apresentado pelo Bloco no fim dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito à Supervisão bancária no Caso BCP: