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Eutanásia: "Há uma invenção de dúvidas para justificar veto incompreensível"

Pedro Filipe Soares reagiu ao veto presidencial dizendo que Marcelo apresentou "desculpas mal amanhadas" e acrescentou confusão, nunca tendo apresentado antes as dúvidas que agora colocou.
Pedro Filipe Soares durante o debate sobre o Orçamento do Estado para 2022. Foto de Tiago Petinga/Lusa.
Pedro Filipe Soares durante o debate sobre o Orçamento do Estado para 2022. Foto de Tiago Petinga/Lusa.

À saída da reunião da Conferência de Líderes da Assembleia da República, Pedro Filipe Soares comentou a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de vetar o diploma sobre morte medicamente assistida.

Para o líder parlamentar bloquista, "em vez de clarificar, o Presidente trouxe mais confusão quando o debate devia ser calmo, tranquilo e acima de tudo claro e inequívoco". Pedro Filipe Soares recordou que o Presidente da República conhecia o diploma "desde a sua versão inicial" e que "já teve hipótese de se debruçar sobre ele" quando o enviou para o Tribunal Constitucional mas "nunca havia colocado as dúvidas que hoje colocou".

De acordo com o dirigente bloquista, daqui se pode concluir que "há uma invenção de dúvidas para justificar um veto que é incompreensível" para quem acompanhou os trabalhos parlamentares e para quem "confiava na palavra" do Presidente, "porque se há coisa que disse em campanha eleitoral é que não colocaria a sua opinião pessoal à frente da tomada de decisões" do Parlamento e "sobre esta matéria em particular na avaliação que fizesse sobre o que saísse da Assembleia da República".

Assim, concluiu, Marcelo apresentou "desculpas mal amanhadas, com confusão metida ao barulho e com invenções até novas à última da hora" para colocar "problemas" e  "complicações" depois de terem sido resolvidas as questões sobre as quais se debruçou o Tribunal Constitucional.

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