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Eurest usa PSP para expulsar trabalhadora que recusou contrato com empresa de trabalho temporário

A empresa concessionária do serviço de refeições das cantinas das escolas de Gondomar despediu uma trabalhadora com 14 anos de trabalho que se recusou a ser subcontratada através da Sotratel, uma empresa de trabalho temporário.
A trabalhadora, com o apoio do sindicato, vai impugnar o despedimento no Tribunal do Trabalho.
A trabalhadora, com o apoio do sindicato, vai impugnar o despedimento no Tribunal do Trabalho. Imagem via cgtp.pt

Com 14 anos de trabalho continuado nas cantinas escolares de Gondomar, a trabalhadora nunca obteve um contrato de trabalho efetivo, tendo sido obrigada a assinar contratos anuais a termo com a concessionária Eurest, que explora as cantinas escolares da cidade há 8 anos. 

No início deste ano letivo, em setembro de 2020, a Eurest mandou para as empresas de trabalho temporário mais de 200 trabalhadores das cantinas escolares. E a 5 de janeiro quis coagir a trabalhadora a assinar um contrato com a Sotratel, uma empresa de trabalho temporário. 

Tendo recusado, a trabalhadora foi impedida de ocupar o seu posto de trabalho e de exercer as suas funções profissionais.

Para evitar conflitos, a trabalhadora ficou em casa a aguardar novas ordens da empresa e apresentou-se novamente ao serviço no seu local de trabalho no passado dia 11 de janeiro, tendo sido novamente impedida de ocupar o seu posto de trabalho.

No dia 15 de janeiro, apresentou-se novamente ao serviço com testemunhas. Representantes da empresa terão afirmado que a trabalhadora não pertencia aos quadros da empresa e chamaram a PSP para expulsar a trabalhadora do seu local de trabalho, acusando-a de invasão de propriedade.

A trabalhadora, com o apoio do sindicato, vai impugnar o despedimento no Tribunal do Trabalho.

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