Três meses depois de ter sido revelado que agência de espionagem dos EUA mantivera sob escuta o telemóvel da chanceler alemã, as promessas feitas pela administração de Barack Obama foram esquecidas. Segundo a imprensa alemã, as negociações para a formalização de um acordo de não-espionagem mútua, semelhante ao que Washington mantém com Londres, fracassaram. Os Estados Unidos recusam-se mesmo a descartar que façam espionagem à atividade dos líderes políticos alemães no futuro.
Segundo o Süddeutsche Zeitung, citado pelo britânico The Guardian, fontes da espionagem alemã afirmam: “Os americanos mentiram-nos”, e demonstram o impasse das negociações: “Não estamos a chegar a lado nenhum”.
O governo americano recusou mesmo o acesso das autoridades alemãs a um centro de vigilância instalado no último andar da embaixada norte-americana em Berlim, perto da porta de Brandenburgo. Diante disso, o governo alemão disse à administração Obama que iria considerar um tal “ninho de espiões” uma rutura das relações diplomáticas da Convenção de Viena.
Não houve ainda declarações oficiais sobre o tema.
